T R I L O G I A
O MEU ELOGIO Á LOUCURA
Solta-te oh infame e divina criatura, no ar, no mar, na areia das praias, nos verdes da mata, no correr das águas, no negro do asfalto, no dedilhar das máquinas, nos sons e ruídos que poluem as metrópoles.
Solta-te nos apitos das fábricas, dos guardas, dos juízes de futebol, solta-te toda por aí, no lusco-fusco das noites, nas salas enfumaçadas das boates, no frigir das panelas, no toc...toc... dos saltos-altos em “trottoir” pelas ruas.
Solta-te nos risos das crianças, nas mãos estendidas em apelo de pão, solta-te no chilrear dos raros pássaros, no cantar dos galos e grilos e, solta-te sem grilos, nas águas da chuva, nos raios do sol, nos mantos da lua, solta-te e descubra como e quem és, pois és sim, não sabias?
És um ser de sombra e de luz, és um ser de bem e de mal, és... queres mais que isso? Não te basta ser?
Sê feliz em ser, pois bem poucos o são, quer felizes ou seres, pois todos se reprimem, se condicionam ou, se acomodam em não ser, e se angustiam em desesperanças de ser.
Sê livre, solta-te e te admires em ser, das coisas que são contigo e, daqueles que porventura ousem te acompanhar nessa grande aventura que é sempre ventura, a ventura maior da liberdade, da liberdade de ser.
Sê seja o que, ou quem fores, o importante é começares antes que percas o ritmo, a coragem, a alegria, o conhecimento de si, dos homens e de Deus.
Sê com fé e, crê. Crê antes de tudo em Deus e em ti, então poderás compreender e crer, nas coisas, nos seres, na vida.
Não te esqueças porem que para isso é mister te soltares de ti, dos outros, dos grilhões que te impuseram e, daqueles em que te prendeste a ti, na falta de coragem, na falta de ânimo, no medo de parar, pensar e... escolher.
Solta-te, encontra-te e...sê plena e totalmente quem és.
Aceita-te e ide ao encontro do bem maior, elevando-te em ser, em busca de Deus.
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