sábado, 18 de agosto de 2012

POETAS VIVOS ll



     P O E T A S   V I V O S   II

     Poetas vivos?

     Mas se eterna é a poesia, como se falar em poetas mortos?

     Poeta é um ser á parte, poeta é perene, se perpetua no ritmo e cadência, na sonoridade, nas belezas da linguagem e, expressão da alma!

     O poeta se mescla com a poesia, com a fantasia com que reveste o prosaico, a rotina, o frenético e o bucólico, assim como ao inesperado!    

     Poetas vivos?

     Poetas divinos, portanto eternos! Como eterna é a poesia, eterna e onipresente, pois tudo é e em tudo há poesia!

     Viva e vibrátil!

      Demos vivas á poesia e também aos poetas , pura poesia!

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

MANOELA

            

               MANOELA
              Poucas vezes tenho me surpreendido tão comovida, tão emocionada nos últimos tempos!

             As notícias veiculadas pela imprensa escrita e falada ou televisiva  ou ainda espalhada pelos ares e lares através da internet, nos dão notícias de crimes  de toda e qualquer categoria  ou graduação, bens surrupiados não só pelos pequenos ou grandes marginais mas, principalmente  por aqueles eleitos pelos nossos votos, para nos representarem e cuidarem de nossas vidas e interesses!

             Tem a imprensa, noticiado desastres, escândalos e pingado sangue, entre uma ou outra notícia de real valor cultural, científico ou humano, notícias essas realmente mais difíceis e raras e ainda, de menor atração ao comum da população calejada, marginalizada e sofrida.

             Há poucos dias, a primeira página de “A Tribuna” o melhor jornal local, noticia junto com a foto, uma linda e comovente notícia de superação!

          Noticiava o artigo, que uma vira-lata, branca, com poucas manchas negras, ao cair de uma laje ficou gravemente ferida com fratura exposta em ambas as patas esquerdas e, abandonada pelos donos no quintal de uma casa  da Zona Noroeste, permanecendo uns quinze dias sem cuidados ou socorro médico, até que uma alma de boa vontade,não aguentando assistir ao sofrimento da cadelinha, a encaminhou  á Coprovida,  órgão competente, em que veio a ter pronto atendimento.

          Submetida a cirurgia, foram-lhe colocados pinos nas pernas fraturadas,  pinos rejeitados em razão da infecção ocorrida pelo longo tempo sem o socorro necessário, tendo se tornado obrigatória a amputação das duas patas esquerdas!

          Até aí a notícia comoveu, confrangeu-me lastimavelmente o coração e, creio que em maior ou menor escala deverá ter sensibilizado aos mais insensíveis e empedernidos.

         Mas, logo a seguir, o melhor da notícia! Não é que a brava e valorosa brasileirinha miscigenada, sem raça definida e rotulada de vira latas, se sobrepujou!

         Manoela deu uma bela lição de vida e de superação!

         Não apenas consegue se erguer com as restantes duas patas direitas, como caminha, corre e até come sozinha!

         Durante todo o período pós-cirúrgico, contou com o companheirismo e dedicação amiga de outra cadelinha também acolhida e abrigada no mesmo local, uma marronzinha também sem raça definida, miscigenada e brasileira, que atende pelo nome de Bombom.

          Manoela a nossa heroína, tem apenas um ano de idade e sua amiguinha e companheira solícita, por ser mais velha, assumiu e cuidou da amiguinha, o que tornou o que já era quase impossível, mais difícil, a adoção da brava Manoela.

        No entanto, a edição de “A Tribuna” de ontem, 07 de agosto de 2012, novamente na primeira página, a grande e comovente notícia:  pode-se ainda crer no ser humano e em contos de fadas!

          Manoela e Bombom foram ambas adotadas pela mesma pessoa!

          Uma médica veterinária aqui da terra, radicada há vários anos em cidade do interior do nosso Estado, tendo notícia desta história pela mãe que aqui ainda mora, de pronto se dispôs a adotá-las e, tomou todas as providências  para levar as duas heroínas da nossa história!

          Um belo e bravo final feliz para a brava cadelinha Manoela e sua dedicada amiga Bombom!

           E eu, encantada , sensibilizada , extasiada!
                    

sábado, 4 de agosto de 2012

OS BIFES DA MINHA MÃE!


                               OS BIFES DA MINHA MÃE!...


                     Ai que saudade do cheiro vivo na lembrança, que de tão intenso e real, penetram-me narinas a dentro, a despertar ativa e intensamente minhas papilas gustativas, trazendo ao paladar, o gosto gostoso, maravilhoso dos bifes lá de casa.

                   E essa memória de cheiro e gosto, quase que por encanto, materializa com cores vivas, o dourado, úmido e suculento do bife ao ponto.

                  O bife ao ponto lá de casa, e quando digo lá de casa, me refiro aos bifes da família materna, dos das tias, Aidê, Lila, mas nem um desses ou quaisquer outros, se aproximam mesmo que de longe, das lembranças dos saborosos, dourados, suculentos bifes maternos!

                Que saudade imensa dos bifes da minha mãe! Bifes que até hoje me trazem uma saudade física, quando sinto de cada lado do pescoço, bem sob o maxilar, as glândulas gustativas se apertando tanto que chegam a doer, enquanto engulo em seco e, o coração se me comprime solidário á saudade, mas agora não mais apenas do bife,  mas  plena saudade da minha mãe, com todo o seu colorido, com todo o seu calor, com todo o seu perfume e de todo seu imenso amor!

              Meu porto seguro, meu ninho macio, meu estandarte, meu apoio, minha verdade!