terça-feira, 20 de setembro de 2011

P R I M A V E R A

                  P R I M A V E R A                                           

                  Esse título sempre me traz á memória, a piadinha infame e pessoal que teima em me lembrar que não tenho nenhuma prima Vera e, continuando no mesmo espírito, desta vez com mórbido humor negro que me traz á lembrança a constatação que pondera: mas são tantas as suas primaveras!
                  Verdade, tantos anos decorridos...tantas primaveras vividas, tantas flores colhidas, algumas em buquês recebidas de amigos e admiradores, outras surrupiadas ás pressas de jardins ou, em muros colhidas, ainda de campos ou de matos nativas, flores belas e perfumadas a alegrar uma alma sofrida ou, por sonhos encantada.
                  Flores selvagens ou mimosas e festivas flores do campo, ainda flores com cuidado cultivadas, algumas raras flores de estufa, tantas outras mensageiras festivas de afetos, de amores, de meras lembranças ou de honrarias, flores testemunhas e mensageiras de saudade, derradeiras homenagens pranteadas aqueles que se foram para outros jardins suspensos ou, quiçá em dimensões paralelas.
                Flores que escolhidas pelas fadas e por cupido, cumprem seu papel, cada uma e todas elas, de levar recados, estímulos, promessas, juras, convites, esperanças, ás vezes portadoras de ilusões e enganos. Mas sempre sinceras portadoras de beleza e elegância, preitos de saudade e de alegria, sempre carregada de odores, de perfumes e de cores.
               Dignas súditas de Cordélia, a bela deusa da Primavera, bem como das flores de verão, também chamada Creiddyland ou Creudyland e que é tida como protetora das fadas e flores e que foi retratada por  Shakspeare como a filha carinhosa do rei Lear e que diz tecer a sabedoria estelar das energias astrais com os fios feitos com a poeira das fadas e o pólen dos sábios da natureza e, que entre outras coisas favorece á jardinagem e ao paisagismo, bem como á alegria e ás celebrações, renovando o espírito daqueles que a invocam, trazendo-lhes ar fresco e o perfume das flores assim como a luz benéfica do sol.

              Se o panteão indú tem em Krishna  também conhecido como o Divino, o protetor das flores, da jardinagem e das colheitas, bem como da alegria e, entre outras coisas do despertar espiritual, o ocidente, nos dá uma santa famosa e de muitos devotos seguidores, conhecida como “Tereza de Lisieux”, “Terezinha do Menino Jesus” ou, simplesmente” Florzinha de Jesus” ou “A Pequena Flor”, ou apenas  “Santa Terezinha” que em vida, em seus momentos derradeiros, prometeu que: “ Depois que morrer, farei cair as bençãos de Deus sobre a Terra, como uma chuva de rosas” e, desde então é sempre associada a essas flores e seus fiéis devotos, sabem que ela ouviu suas preces e pedidos, quando ganham uma rosa ou apenas quando vêm essa flor, a ser considerada a padroeira dos floristas.
               Vemos meus amigos, que todas as culturas e credos,tem dos céus seus mensageiros e protetores das belas flores que brotam da Mãe Terra que todos os anos se engalana em festa de formas , cores e odores, alegrando e elevando o espírito, por vezes combalidos de seus filhos, como um presente, uma promessa, uma dádiva em penhor de amor, alegria, esperança e renovação, que se perpetua anos após anos enquanto vida existir neste nosso planeta azul. 

Um comentário:

Anônimo disse...

Adorei essa efusão de cores, odores e amores....
Lembranças e sabedoria....
beijos,
Cleide