segunda-feira, 5 de setembro de 2011

APOTEOSE Á PEDRA!


               APOTEOSE Á PEDRA



Como é bela,

Apoteótica a pedra!

A rocha ao meio cortada,

Em seu ventre rasgada,

Expondo suas entranhas,

Sulcos e veios,

Em contrastes de cores,

Sem pudor e sem temores,

Sequer receios,

Revelando imensos mistérios

Guardados em seu seio.

Como é poética a pedra

Que brota da terra,

Que surge das serras

Revelando anseios!

Quanta riqueza ela encerra!

Quanto passado revela,

Quando ao meio partida,

Quando ao meio rasgada

Pelo homem e suas estradas,

Que fendem e cortam

Rochas e serras,

Em busca de outras terras,

A procura de outros meios.

Como se expõe a pedra!

Em malacacheta e seu brilho,

Do terroso do ocre

Ao saudoso da ametista.

Sulcada toda de veios

Que suam e choram,

Aos brilhos do sol ou da lua,

Revelando a verdade nua,

A verdade crua,

Aos homens filhos da Terra!

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