Como é bela,
Apoteótica a pedra!
A rocha ao meio cortada,
Em seu ventre rasgada,
Expondo suas entranhas,
Sulcos e veios,
Em contrastes de cores,
Sem pudor e sem temores,
Sequer receios,
Revelando imensos mistérios
Guardados em seu seio.
Como é poética a pedra
Que brota da terra,
Que surge das serras
Revelando anseios!
Quanta riqueza ela encerra!
Quanto passado revela,
Quando ao meio partida,
Quando ao meio rasgada
Pelo homem e suas estradas,
Que fendem e cortam
Rochas e serras,
Em busca de outras terras,
A procura de outros meios.
Como se expõe a pedra!
Em malacacheta e seu brilho,
Do terroso do ocre
Ao saudoso da ametista.
Sulcada toda de veios
Que suam e choram,
Aos brilhos do sol ou da lua,
Revelando a verdade nua,
A verdade crua,
Aos homens filhos da Terra!
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