Aquele que faz uma tranqüila despedida, se desapega e se despede em paz, do que ou de quem ficar para traz, aquele que vê partir ou ainda aquele que parte, segue em diante, deixando tranqüilamente os amores, desafetos, alegrias ou dissabores e com fé e otimismo recebe o novo, se dispõe a uma vida nova e arregaça as mangas e alteia o espírito para uma reconstrução, na verdade é um airoso poeta.
Poeta é aquele que canta a vida, que faz odes ao trágico como ás benesses, ás alegrias, aos sentimentos como aos fatos, ao tecnicismo como á mãe natureza. É aquele que poetiza as dores como os amores, os encontros como os desencontros, ás destruições como ás reconstruções, á morte como á vida, mesmo que seja á despedida de um ciclo, de um século ou de um ano para crer e ver nascer, crescer um novo ano, uma nova vida, uma reconstrução após o trágico, frustrante do fim, do vir a baixo, do desmoronar que tanto trás a décima primeira (16) carta do Tarô, que é a Torre e que nos dá a oportunidade de reconstruir de acordo com os planos Divinos, os únicos planos que devem nortear nossas ações e posturas para que a vida siga um ritmo belo e harmonioso, digno do canto de um menestrel e da pena de um verdadeiro poeta.
Que estejamos todos imbuídos desse espírito e postura, dessas atitudes e sentimentos ao recebermos o ano que se inicia.
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