sexta-feira, 9 de setembro de 2011

M U L H E R

                                 MULHER



                            Marília de Dirceu, Bárbara a bela do norte estrela de Thomaz Antonio Gonzaga, Eneida de Virgílio, Ana Nery de Garibaldi, Eurídice e suas mãos, Tereza de Juca Chaves, as várias mulheres ou Mulher do “poetinha”, o nosso inesquecível Vinícius de Moraes, Luísa de Tom Jobim, a sempre atual mulher que é a “Garota de Ipanema”, bem como as paulistanas “malheres” do velho e saudoso sambista paulista, Adoniram Barbosa, Carolina de Chico Buarque e tantas outras cantadas e decantadas ao longo dos tempos, musas que como as Musas, mulheres eram, assim como as Deusas e Lillith e ainda Eva.

                          Regina Duarte que em “Malu Mulher” tanto encantou ao público televisivo e, Malu Mader, a “Justiceira” que, em recente comercial de eletrodomésticos, nos fala da mulher “mil e uma utilidades”, como o são tantas mulheres na mais diferentes profissões. Há também as mulheres Maria, para as domésticas e faxineiras, as ruins ao volante que se tornam pilotos de fogões ou lavadeiras, tenham que status sócio-econômico tiverem.

                       Fala-se ainda das mulheres Maria como as santas, as mártires do amor, da fé ou da sorte e, ainda daquelas que se chamam Amélia, estas ditas  “mulheres de verdade”, como as dos malandros, as que gostam de apanhar e há,  a que dá o nome a uma lei relativamente recente, a Maria da Penha.

                      Não nos esqueçamos da “Maria sai da lata que na lata tem barata, a sua mãe é uma mulata e o seu pai um vira-lata”,do folclore infantil.

                     Lembremo-nos das Chacretes, Silvetes, Boletes, Xuxetes e de tantas outras que formam os bamboleantes panos de fundo para os programas de auditório tão ao gosto da população classes “B”e “C”como aponta o IBOP.

                    Mulheres-mães então, têm dia próprio, eleito pelo comércio, assim como as mulheres-avós, se bem que o mundo da propaganda, não se esqueceu dos pais, mas voltemos ás mulheres-mães, pois algumas são aquelas sagradas (mesmo que exploradas) lá de casa e que não vão ás peladas de meio de rua, como á várzea e, menos  aos encontros de torcidas de futebol e, menos ainda ao Maracanã e festejos pelos bares e calçadões da vida.

                   Como se reverencia ás mulheres-mães, muito se crucificou aquelas chamadas de “titias”, mas isso ficou no passado, antes do advento da FEBEM e dos meninos que compõe a dita “população de rua”, pois coincidente com a mudança dos tempos e costumes, se de um lado acabaram-se as “titias”, todas as mulheres passaram a ser “tia”, a começar pelas professoras, tia só, ou dependendo do conhecimento, tia isso ou tia aquilo. Tia virou sinônimo de mulher de algum respeito.

                   Existem ainda as mulheres de rua, de bares, de vitrinas, como as mulheres objeto, as dondocas e as bonequinhas, algumas de luxo e outras de lixo e, os estereótipos de “Barbys” da vida.
                     Mulheres auto-suficientes existem, como as dependentes, as executivas, intelectuais, doutoras, artistas e aquelas das prendas domésticas, ainda as que andam na corda-bamba circense dos palcos dos circos, como nos do cotidiano da vida, em seus esforços de equilibrismo, em um mundo repleto de injustiças e desigualdades sócio-econômicas e culturais.
                    Tantos são os enfoques e ângulos pelos quais podemos ou poderemos observar ou analisar as mulheres, esses seres divinos ou infernais, ou apenas seres como qualquer outro ser, com suas características próprias, personalíssimas, que buscam a sobrevivência e a identidade em contínua evolução e eu, como mulher e, muito mulher ao longo dos anos que percorri por este planeta Gaia ou Géia, a mãe-Terra que, também é mulher, gostaria de ser lembrada, assim como me lembro e reverencio á minha mãe, como mulher com “G” maiúsculo, isto é,como Gente acima de tudo.

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