MENINA DE ROÇA
Iguar aquela moça donzela de arraiá,
C’us laço de fita,
Os cabelo amarrá
E no peito mimoso e pequeno,
Fremente por sob a chita,
Uma frô colocá,
Pr’á cum toda garridice,
Com muito chiste e momice,
Na pracinha do amarrá égua,
N’um domingo, dia de festa,
Os zóios tremilicá
Enquanto os cabelo a repuxá,
E na boca um sorriso brejeiro,
N’um atrevimento de quem sem jeito tá,
Toda engomada e catita
Moça-donzela bunita
O seu amo provocá.
Quisera bebe água na bica,
Sentí o cheiro de mato
Deitá os zóio pelo roçado
De manhãzinha e no deitá do sol,
Saltitá c’us grilo e voltiá
C’ás borboleta, de frô em frô posá.
Namorá de relanceio
Pelo seu bem encontrá,
Cum ele trupicá
Cumo quem nada qué,
Em seus braços se enroscá
Tar car gata manhosa
Que nun sabe d’onde veio
Aquela pedra tinhosa
Que bem no meio do caminho
Onde ia dar o seu passinho,
Seu pezinho descarço cutucô,
E assim, assustada e ferida,
A moça-donzela desprevenida
Foi caí em braços fortes
Daquele mesmo caboclo
Um comentário:
Mazinha tantas fotos assim no meio da poesia tira o encanto da mesma e distrai o leitor para outras margens que não o texto!!!
te amoooo!!
Postar um comentário