QUANDO EU MORRER...
quando de verdade morrer,
com atestado passado,
óbito selado
de firma reconhecida,
oficializado,
não vou dizer que:
"não quero choro e nem vela",
pois se vela de fato não quero,
um choro real, sentido, daqueles
que dizem de perda, de amor,
de saudade, bem que eu queria
mas, que adianta querer ou,
dizer da vontade?
De que adianta preferir
este ou aquele velório,
caixão, flores sequer?
Cemitério ou forno crematório
quando por certo, nem quem do
corpo se encarregue,
quem o defunto carregue,
a alma a Deus encomende
terei?
De que adianta dizer
Que gostaria de flores,
das flores que em vida
não ganhei,
que me agradariam saudades
quando em vida ignorada?
Que presenças sinceras,
silêncios respeitosos
encantariam minha alma,
quando em vida não as tive,
quer presenças presentes,
quer sinceras, silenciosas,
quer respeito, encanto ou
mesmo alma?
Que será do corpo morto,
do defunto que em vida
nada teve, como não teve
na verdade e, de verdade,
vida?
6 comentários:
Muito bom!!!!!
A morte sempre foi um mistério para os seres humanos...o divisor de águas...só que agora, nesta época, é o limiar, a passagem para uma nova dimensão...muito bom!bjus,Monica
Se choro ou vela terá, eu não sei, mas um gemido fundo, profundo, abissal eu te darei.
Um grito de dor que nem sairá da garganta, e me lembrarei de uivar...
Assim como lobas ferozes que se envolvem e se movem entre tapetes e sofás, entre risos e ancestralidades, entre um índio atávico e um momento mágico... e para sempre me lembrarei... se sou é porque primeiro és....
Te amo...
como é o nome do livro???
dois corações e quatro mãos.... não, acho que não era bem isso... como era??
sua memória é sempre melhor que a minha!!!
kkkkkkk...acho que aprendi a colocar meu nome...kkkkk...sempre à minha frente essa tia pra frenteques
Quando eu morrer... um dos mais belos textos seus, Mariza!
VELOCIDADE
Um dia, outro dia,
quase sem respirar,
sem pausa para entender
a vida sem graça,
o amor tão distante,
a morte que passa
ali adiante...
Suely Ribella ©
Postar um comentário