sexta-feira, 26 de agosto de 2011

MATA ATLÂNTICA


                                                
                                             MATA  ATLANTICA

                                 Há apenas cinco dias daqueles dedicados aos índios, foi escolhido o tema  “Mata Atlântica”.Acaso? O Dedo de Deus? Irônica justiça de algum representante do inconsciente coletivo ou do Registro Acáshico, ou ainda um complô de espíritos da natureza diligentes e unidos representantes de algum conclave de seres dos mais diversos povos e tradições, sob a regência dos Devas criadores das formas e matéria, do Planeta, os verdadeiros pais da Mãe Geia ou Gaia?
                                   A natureza chora, o Planeta agoniza enquanto os tentáculos e máquinas destrutivas e poluentes desbastam as matas, drenam e poluem os rios como poluem e envenenam os ares, ao mesmo tempo em que derrubam e corroem os pulmões do mundo e em especial do nosso Brasil, se não o último, um dos últimos remanescentes verdes da Mãe Terra.                                   

                                    O espírito de conquista e de ganância do homem branco, ignorando as crenças e respeito dos antepassados celtas e seus Druidas, pela terra e pelas árvores que eram reverenciadas como verdadeiros templos ao ar  livre, o levou aos mais distantes rincões, a tudo conquistando, usurpando em desonrosa invasão em nome de suas Coroas e credos, num eufemismo de civilizar e catequizar , a se apropriar, escravizar, dizimar e expulsar os verdadeiros donos destas terras.
                                 Nômades, não por ignorância ou indolência, como quiseram rotulá-los os recém chegados invasores e posteriormente seus   descendentes. Os donos destas Terras, por ela tinham respeito e usufruíam de suas dádivas naturais, para a sobrevivência da tribo e, antes que esgotassem seus recursos, levantavam assentamento, para deixar que a natureza se renovasse em fauna e flora e na pujança do verde de suas matas
                            Praticavam os índios, a religião do amor e gratidão, chamando de irmãos os seres das mais variadas espécies que lhe proporcionavam abrigo, alimento e remédios, cada um cumprindo suas funções nos termos do espírito e vontade de Tupã, como em sua língua se referiam ao Deus-Pai de todos os seres e entes viventes, assim como do céu e da terra.
                          Hoje os índios dizimados, se encontram sufocados e marginalizados pela sociedade que aqui se formou e, seu habitat natural, quase que morreu, pois a Mata Atlântica está reduzida a quase nada, pouco resta do seu esplendor, e aqui, nesta Ilha de Santo Amaro, nesta Pérola do Atlântico, ainda temos a sorte de encontrar parte de suas verdes matas em estado semi-virgem e alguns condomínios que nos reportam ao Paraíso Terrestre com remanescentes de sua fauna e flora e com o mato e seu cheiro de Deus.
                        Abençoada Mata Atlântica que tanto nos encanta,  seduz e sustem!                         

2 comentários:

Anônimo disse...

Este eu já conhecia ...nossa natureza exuberante pede socorro...salvem nossa mata atlântica.Muito bem escrito.bjus, Monica

Carlos Gama disse...

Agradeço o convite, Mariza!
Belo traçado desta triste realidade que nos cerca e sobre a qual, omissos, silenciamos.
Os indígenas dizimados, vilipendiados e abatidos.
A Mãe Natureza sendo devastada mas, esta, felizmente tem como responder.
Depois, choramos nós as lágrimas tardias.
Muito bom o texto!
Abraços!