segunda-feira, 8 de agosto de 2011

NATAL EM JULHO

                       NATAL EM JULHO 
                  Enquanto do outro lado do mundo, neste mês de julho, a França, país dos grandes pensadores, da moda, dos vinhos, champanhes, dos enólogos, dos chefes  e “gourmans” e, ainda dos pequenos frascos com os grandes perfumes, o país das revoluções acadêmicas, políticas, sociais, como dos usos e costumes, comemora neste mês, em 14 pf., a queda da Bastilha, eu aqui, neste Continente Americano, neste Brasil imenso, neste inverno paulista, estou a aguardar e a me preparar para a comemoração natalina.
                Natal no inverno e a beira mar, com todas as belezas das quatro estações em apenas uma!
                O calor do verão a aquecer o coração que, em chamas se reveste de beleza e se engalana como se bailasse por entre flores, colhendo primaveras enquanto saboreia os frutos e as lembranças outonais, não apenas do ano que se encerra, como de tantos já percorridos!
               É a festa do natal que se aproxima, trazendo tantas lembranças já vividas quanto promessas, pois os sonhos não morrem nunca e a esperança, é uma amiga sempre presente, que fala do porvir e dos amanhãs.
              Natal em julho! Natal sim, pois é o meu natalício e, a despeito do muito já vivido, continuo uma eterna criança a sonhar com o meu dia, com aquele em que, mesmo não organizando recepções, festejo a vida, a minha vida, o meu viver.
              Para que? Perguntam alguns; - Com tudo o que você já passou na vida? Perguntam outros; - Depois dos 30, 40 ou 50, já não se comemora mais; dizem outros ainda.
              Comentários desestimulantes não se fazem esperar , quer de amigos, quer de parentes, mas eu que ao que me lembro, só tive duas festinhas, uma aos 6 e outra aos 12 anos, por conta do falecimento da avó materna no dia em que fiz 2 anos, enlutando mãe e tias, por toda uma eternidade descabida, festejo sim, mesmo que no recôndito do meu coração, o meu Natal, a minha vida.
             Essa data para mim festiva e festejável, ocorre em 16 de julho, o dia dedicado a Nossa Senhora do Carmo, razão pela qual, em menina, tinha uma imensa tristeza por não me chamar Maria do Carmo, se bem que hoje, a despeito de serem muitas as Marisas, desde a ex-Primeira Dama do País, como também a mulher do saudoso  Vice-Presidente, gosto muito do meu nome e, mais ainda por ser escrito com “z”, o que me parece que o torna mais meu, individualizado e personalizado.
            No próximo 16 de julho, meu coração de menina estará em festa, e espero e acredito que os de vocês se lembrarão e, pelo meu natal terão n’um átimo de minuto, uma lembrança simpática para com a data ou, quem sabe erguerão um pensamento de amor como oração aos céus , por minha intenção, irmanando-se ás comemorações íntimas, de uma velha senhora que será sempre uma eterna  e deslumbrada criança que ansiosamente bate palmas e comemora a vida.

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