TEMPO
O tempo nos encanta e,
desencanta com o passar dos tempos!
O tempo nos arrebata,
apaixona, extasia, nos comove, embarga a nossa voz, faz lacrimejar os nossos
olhos e disparar nossos corações!
O tempo nos diz que é hora de engatinhar, de caminhar, de
aprender, de estudar, de ousar, de agir, tempo de trabalhar, solidarizar,
confraternizar, tempo de nos recolhermos, de mergulhar em nosso interior e
também na vida, buscar nossas verdades. Tempo de nos realizarmos e de realizar,
tempo de ser e tempo de amar!
Tempo de ser plenamente, tempo
de ser não tão absolutamente plena.
Tempo esse em que podemos nos
restringir, ensimesmar, encolher, fenecer ou endurecer, ou ainda e bem ao
contrário, tempo de comungar com o tempo ou os tempos de outros, nos mesclando
e irmanando, pelo amor ao universo de outros seres e assim , ao universo como
um todo.
O tempo nos trás ilusão de universos paralelos, em realidades
sobrepostas e atemporais, criando sensações de
presente, passado e futuro e, com isso compartimentando nossa realidade,
em etapas projetadas em decomposições prismáticas de vida e mesmo quem sabe, de
vidas?
Tempo que surge, tempo do agora,
tempo que passa, tempo que promete, tempo que dá, que nega, que tira ou
acrescenta, tempo que promete, tempo que rouba tempo, oportunidades ou mesmo
vida!
Tempo de ocasião apropriada para
condições meteorológicas ou mesmo que mede o “clima” emocional, tempo frio ou
gélido, tempo morno, sem graça, em que nada acontece e nem deixa de acontecer,
tempo esse o do “banho Maria”, da contemporização e ainda, o famoso “tempo
quente” que é o do barulho, confusão ou repressão acalorada!
Tempo pode também, ser cada uma
das partes completas de uma peça musical, em que o andamento muda a duração de
cada parte do compasso.
Temos o tempo gramatical, como a
flexão indicativa do momento a que se refere o estado ou ação dos verbos.
Tempo que designa uma coisa que
subsiste, ou seja, da cor que “pega” sem precisar de fixador.
Derivado do tempo, temos
têmporas que são as partes laterais da cabeça entre o olho e a fronte, a face e
a orelha e, o encanecer das têmporas, indica o início da velhice, tempo esse
que pode ser o de “pendurar as chuteiras” e ir curtir mansamente o tempo, em
seu próprio tempo!
Mariza
C. de C. Cezar
2 comentários:
Pois é Mariza.. somos reféns do nosso tempo e ele tem tempo certo p tudo
Pois é Mariza.. somos reféns do nosso tempo e ele tem tempo certo p tudo
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