sábado, 8 de fevereiro de 2014

TEMPO




                                                                                                                                                           
                                                                 TEMPO
                                                                                                             

                 O tempo nos encanta e, desencanta com o passar dos tempos!
                 O tempo nos arrebata, apaixona, extasia, nos comove, embarga a nossa voz, faz lacrimejar os nossos olhos e disparar nossos corações!
                 O tempo nos diz  que é hora de engatinhar, de caminhar, de aprender, de estudar, de ousar, de agir, tempo de trabalhar, solidarizar, confraternizar, tempo de nos recolhermos, de mergulhar em nosso interior e também na vida, buscar nossas verdades. Tempo de nos realizarmos e de realizar, tempo de ser e tempo de amar!
                Tempo de ser plenamente, tempo de ser não tão absolutamente plena.
                 Tempo esse em que podemos nos restringir, ensimesmar, encolher, fenecer ou endurecer, ou ainda e bem ao contrário, tempo de comungar com o tempo ou os tempos de outros, nos mesclando e irmanando, pelo amor ao universo de outros seres e assim , ao universo como um todo.
                  O tempo nos trás  ilusão de universos paralelos, em realidades sobrepostas e atemporais, criando sensações de  presente, passado e futuro e, com isso compartimentando nossa realidade, em etapas projetadas em decomposições prismáticas de vida e mesmo quem sabe, de vidas?
               Tempo que surge, tempo do agora, tempo que passa, tempo que promete, tempo que dá, que nega, que tira ou acrescenta, tempo que promete, tempo que rouba tempo, oportunidades ou mesmo vida!
               Tempo de ocasião apropriada para condições meteorológicas ou mesmo que mede o “clima” emocional, tempo frio ou gélido, tempo morno, sem graça, em que nada acontece e nem deixa de acontecer, tempo esse o do “banho Maria”, da contemporização e ainda, o famoso “tempo quente” que é o do barulho, confusão ou repressão acalorada!
               Tempo pode também, ser cada uma das partes completas de uma peça musical, em que o andamento muda a duração de cada parte do compasso.
               Temos o tempo gramatical, como a flexão indicativa do momento a que se refere o estado ou ação dos verbos.
                Tempo que designa uma coisa que subsiste, ou seja, da cor que “pega” sem precisar de fixador.
                Derivado do tempo, temos têmporas que são as partes laterais da cabeça entre o olho e a fronte, a face e a orelha e, o encanecer das têmporas, indica o início da velhice, tempo esse que pode ser o de “pendurar as chuteiras” e ir curtir mansamente o tempo, em seu próprio tempo!

                                        Mariza C. de C. Cezar 
                                                                                                            
                                                                  
                    

2 comentários:

Jouvana disse...

Pois é Mariza.. somos reféns do nosso tempo e ele tem tempo certo p tudo

Jouvana disse...

Pois é Mariza.. somos reféns do nosso tempo e ele tem tempo certo p tudo