sábado, 22 de fevereiro de 2014

INSTANTÂNEOS DA ALMA

                                                                       
                                                                       
                                      INSTANTÂNEOS DA ALMA...
                                                    
                                                     

                  O colorido das maquiagens ou dos contrastes da tez, cabelos, o brilho dos olhos e dos lábios em sorrisos, as posturas altivas, elegantes, apresentam belas figuras animadas pela vida e seus movimentos!
                  Fotos que registram esses movimentos, esses flagrantes de vida, em instantâneos ocasionais ou artísticos, quer em preto e branco ou nas mais comuns, as coloridas, enfeitam álbuns, galerias, ilustram documentos ou notícias em jornais e revistas sobre temas os mais diversos ou diferentes.
                 Esses registros instantâneos de etapas ou momentos do viver de grupos ou indivíduos, nos dizem de beleza de poesia, de encanto, são registros que eternizam imagens ou paisagens, mas ao bom observador, os “olhos da câmera” ou do artista, mostram bem mais, pois revelam a alma escondida por trás da estampa elaborada, da pose ostentada, da máscara assumida!
                Aqueles pequenos vincos na testa, chamados de “bumbum de elefante”, os dos olhos conhecidos como “pés de galinha” e, os da boca famosos como “bigode chinês”, mais as profundas olheiras, são marcas não apenas do tempo decorrido, mas das dores da alma!
               Marcas das pequenas ou grandes decepções sofridas, dos desenganos ou desencantos amargados, muitas vezes apenas na mais íntima solidão, transparecem nos registros instantâneos de máquinas indiscretas e reveladoras.
               Bem que  nossos ancestrais, pele vermelhas, se negavam  a posar para fotos, atitudes quase que de cunho religioso, no entender deles, pois acreditavam que aquelas máquinas, em suas fotos, haveriam de aprisionar suas almas que lhes seriam roubadas, por toda  a eternidade!
              Isso deve ter um cunho de verdade, vez que as fotos,assim como pedacinhos de unhas e de cabelos ou gotículas de humores , secreções  de fluidos corpóreos, são de longa data e ainda hoje, usados em trabalhos de magia ou em terapias holísticas ou de radiestesia e radiônica, como testemunhos usados com fins terapêuticos, para cura  ou elaboração de diagnóstico.
             A despeito da sabedoria reconhecida  nos povos ancestrais , de minha parte curto fotos, tanto registrá-las, como para elas posar e também apreciá-las em galerias ou livros de arte ou álbuns familiares.
              Continuemos a curti-las a despeito da indiscrição da câmera, nem sempre cúmplice ou amiga, apenas uma inconsequente reveladora do que nos vai na alma!
                         
                               Mariza C. de C. Cezar
                                                                                                   

                                                            

2 comentários:

Anônimo disse...

Mariza, acertou em cheio. Parabéns pelo post, amei. Um beijo

Cida Micossi

Suely Ribella disse...

Instantâneos da alma que nem sempre a câmera esconde... momentos que nem sempre uma boa maquiagem consegue disfarçar...
Bjs!