ODE AO PECADO!
Que seria da poesia se
eliminássemos o ego e com ele, extinguidas fossem as paixões, os ardores,
arrebatamentos inflados, insuflados, alimentados pelos pecados grandes ou
pequenos, todos eles, assim como os vícios menores ou maiores.
Acabaria ainda a
famigerada culpa advinda de consciências escrupulosas, permissivas ou relapsas!
Todas essas mazelas da
alma, essas deturpações de caráter, esses desequilíbrios emocionais, essas
doenças psíquicas, morbidez e desvios de conduta, todos esses erros e falhas
tão próprios e característicos da condição humana, se extinguiriam da face da
Terra!
E o bicho homem, o “homo
sapiens”, sem o sal da vida salpicado de
doces ou cheirosas pimentas que salivam a boca, ascendem narinas ,
esbugalham os olhos despertando
apetites, incentivando gulas e acirrando desejos e lascívias, com a aceleração
metabólica e da química orgânica e hormonal, alimentadas pela fermentação de
frutos e do espírito engarrafado de tão prazeroso buquê e gosto, não mais se embriagariam, não
mais teriam desejos despertados, envolventes ou dominantes!
Sem o sal e o espírito da
vida, ingredientes tão afeitos ao ego, a raça humana se transmutaria, passaria
à ascensão e em beatitude plena, em paz eterna se comprazeria em ser, em amar
universal e eternamente ao som das esferas, nas cordas de harpas dedilhadas por
belas entidades assexuadas!
Mariza C. de C.
Cezar
2 comentários:
O que seria da vida sem essa poesia,
a vida, em que o amor é tudo e o sexo é um belo e gostoso complemento?
O que seria da vida sem essa liberdade de amar e ser?
Bjs, querida Mariza!
Se não houvesse mais ego, talvez a poesia fosse o próprio acontecimento puro no instante do fato em si mesmo e como não seríamos não precisaríamos de registros. Só filosofando um pouco em ciam dessa bela poesia-poema
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