Era uma vez...
Não é assim que começam todas as
estórias?
Então vamos ao caso da menina que
estudava, e estudava a sério, desde pequena se encantava com os cadernos e em
sequência, com os livros e, quando não sabia perguntava e, vira e mexe, lá
estava ela a se socorrer do “pai dos burros”.
Era uma graça essa natural sede de saber!
Cresceu, passou pelas fases da meninice e
adolescência como uma criança normal, gostando das brincadeiras e distrações
próprias das fases por que passava, sem entretanto, deixar
a busca do saber e o amor pelos livros.
Estudou, se bacharelou em letras e,
pode-se dizer que domina, na medida do possível, o português que é uma língua
difícil e cheia de vocábulos e sinônimos, rica em antônimos e mais rica ainda
em regras gramaticais!
Domina ainda o inglês e se comunica
e lê fluentemente em espanhol, procurando em cada uma dessas línguas, seus
pensadores, filósofos, filólogos, contistas, romancistas, cronistas e poetas,
enfim toda letras, a menina vem se enriquecendo e diversificando em
conhecimentos.
Quando aparece para uma visita, de
férias ocasionais, além dos agradáveis papos, gosta de improvisar sarau
literário, de duas pessoas que seja, ela e eu a dizer alternadamente coisas
nossas e de nossos autores prediletos e assim, ficamos por vezes, madrugada a
dentro, nos deliciando com as artes e com o prazer do momento e companhia
compartilhada.
Outro dia, em ligação internacional, me
contou intrigada e divertida, que tivera um sonho um tanto esdrúxulo, mas que
por certo, Freud explicaria, pois sonhou
a menina que dizia em voz alta, precisar abrir logo a cabeça, para dela tirar o
excesso de palavras que estavam a entulhá-la, e isso deveria fazer antes que
acordasse!
Curioso, tão curioso achei esse
sonho que, antes de analisá-lo pelas
luzes da psicologia e, antes que ela, atendendo ao apelo do subconsciente na
busca de uma vida mais simples e corriqueira, resolvesse se despojar da riqueza
de conhecimento para, em linguagem mais prosaica e usual, interagir num mundo
tão pobre de expressões e em que o comum das pessoas grunhe e gesticula à guisa de comunicação, resolvi
registrá-lo e compartilhá-lo com vocês.
.
4 comentários:
Me fez lembrar eu. Eu gosto muito de ser vista pelos seus olhos, tão cheios de amor e carinho.
Esses dias contava pra Giulia quando você deitava na sua cama e eu lia pra você, o livro que você estivesse lendo mesmo, acho que era pra te fazer dormir, você lembra? Eu me lembro de ter aprendido tanto com essas leituras, uma vez resolvi fazer tons e você disse: lê, mas sem teatro. Você sempre me ensinando. Você é uma grande literatura pra mim, em muitos sentidos.
Pra mim você é arte e amor.
Obrigada Má!
Mariza Cezar literalmente essa é minha pequena!!as vezes tbm me assusto com acumulos de informações quie ela busca!Mas minha pequen ata tão sabia e matraquinha que acho que nasceu pra buscar mesmo!!Quanto ao sonho da mi,a leitura é facil!!sera mizinha que vale a pena encher essa cabecinha de coisas!bom o resultado é positivo e minha michelle ta crescendo deslumbrantemente!!!Muito linda dedicatoria a essa menina com sede de saber!!!
Era uma vez uma menina sapeca que gostava de gatos, e gostava de escrever, e analisava sonhos, e tinha um blog que encantava quem gostasse de ler o que ela escrevia...
E que bela partilha hoje, em Mariza!
"Nesse mundo tão pobre de expressões e em que o comum das pessoas grunhe e gesticula à guisa de comunicação..." lamentavelmente!
Bjs!
Postar um comentário