sábado, 1 de junho de 2013

ERA UMA VEZ...

                                                                                                  
             
 
ERA UMA VEZ......
            
Era uma vez...

             Não é assim que começam todas as estórias?

           Então vamos ao caso da menina que estudava, e estudava a sério, desde pequena se encantava com os cadernos e em sequência, com os livros e, quando não sabia perguntava e, vira e mexe, lá estava ela a se socorrer do “pai dos burros”.

           Era uma graça essa natural sede de saber!

           Cresceu, passou pelas fases da meninice e adolescência como uma criança normal, gostando das brincadeiras e distrações próprias das fases por que passava, sem entretanto,   deixar a busca do saber e o amor pelos livros.

           Estudou, se bacharelou em letras e, pode-se dizer que domina, na medida do possível, o português que é uma língua difícil e cheia de vocábulos e sinônimos, rica em antônimos e mais rica ainda em regras gramaticais!

           Domina ainda o inglês e se comunica e lê fluentemente em espanhol, procurando em cada uma dessas línguas, seus pensadores, filósofos, filólogos, contistas, romancistas, cronistas e poetas, enfim toda letras, a menina vem se enriquecendo e diversificando em conhecimentos.

           Quando aparece para uma visita, de férias ocasionais, além dos agradáveis papos, gosta de improvisar sarau literário, de duas pessoas que seja, ela e eu a dizer alternadamente coisas nossas e de nossos autores prediletos e assim, ficamos por vezes, madrugada a dentro, nos deliciando com as artes e com o prazer do momento e companhia compartilhada.

            Outro dia, em ligação internacional, me contou intrigada e divertida, que tivera um sonho um tanto esdrúxulo, mas que por certo, Freud  explicaria, pois sonhou a menina que dizia em voz alta, precisar abrir logo a cabeça, para dela tirar o excesso de palavras que estavam a entulhá-la, e isso deveria fazer antes que acordasse!

           Curioso, tão curioso achei esse sonho que,  antes de analisá-lo pelas luzes da psicologia e, antes que ela, atendendo ao apelo do subconsciente na busca de uma vida mais simples e corriqueira, resolvesse se despojar da riqueza de conhecimento para, em linguagem mais prosaica e usual, interagir num mundo tão pobre de expressões e em que o comum das pessoas grunhe  e gesticula à guisa de comunicação, resolvi registrá-lo e compartilhá-lo com vocês.                                                 

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4 comentários:

michelle disse...

Me fez lembrar eu. Eu gosto muito de ser vista pelos seus olhos, tão cheios de amor e carinho.

Esses dias contava pra Giulia quando você deitava na sua cama e eu lia pra você, o livro que você estivesse lendo mesmo, acho que era pra te fazer dormir, você lembra? Eu me lembro de ter aprendido tanto com essas leituras, uma vez resolvi fazer tons e você disse: lê, mas sem teatro. Você sempre me ensinando. Você é uma grande literatura pra mim, em muitos sentidos.
Pra mim você é arte e amor.

Obrigada Má!

nivea cerqueira cesat martins disse...

Mariza Cezar literalmente essa é minha pequena!!as vezes tbm me assusto com acumulos de informações quie ela busca!Mas minha pequen ata tão sabia e matraquinha que acho que nasceu pra buscar mesmo!!Quanto ao sonho da mi,a leitura é facil!!sera mizinha que vale a pena encher essa cabecinha de coisas!bom o resultado é positivo e minha michelle ta crescendo deslumbrantemente!!!Muito linda dedicatoria a essa menina com sede de saber!!!

Suely Ribella disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Suely Ribella disse...

Era uma vez uma menina sapeca que gostava de gatos, e gostava de escrever, e analisava sonhos, e tinha um blog que encantava quem gostasse de ler o que ela escrevia...
E que bela partilha hoje, em Mariza!
"Nesse mundo tão pobre de expressões e em que o comum das pessoas grunhe e gesticula à guisa de comunicação..." lamentavelmente!
Bjs!