terça-feira, 21 de janeiro de 2014

POR QUE SENHOR?

                                                                                                                                   
                            POR QUE SENHOR?
                                                                   

      Por que senhor?
      Esta louca paixão?
      Este arrebatamento
      total e insano?
      Desvairado e doce amor?
      Por que razão
      esse sentimento?
      Esse pensamento
      envolvente e tirano,
      me traz assim prisioneira?
      Por qual razão
      esse constante sentir?
      Essa mescla a mentir
      paixão e amor
      em doces lembranças
      contrastantes com dor?
      Essa dor persistente,
      essa dor permanente
      essas memórias doídas,
      essa descrença do amor?
      Desesperança sofrida,
      esse oco, esse vazio...
      esse amorfo sentir,
      essa aceitação a mentir
      paz em contraste!
      Em teimosas memórias
      do belo traste,
      egoísta e algoz!
       
                     Mariza C. de C. Cezar
                                          
    

                                                  

2 comentários:

gisele cezar disse...

Belíssima poesia mazinha!!! Encantadoras questões

viver e viver disse...

Encontro aqui o que te dizer, perguntando:
D’onde o amor?

Do respirar?
Do sentir cheiros?
Do abrir janelas?
Do agitar cortinas amarelas?
Do criar imagens belas?
Do querer procelas?
Do curvar-se aos deuses?
Do olhar para dentro
Do vasculhar os sentimentos
Do revelar segredos?
Do esvaziar o peito?
Do dormir satisfeito?
Do qualificar os medos?
Do viajar nos sonhos?
Do igualar-se ao outro?
Do procurar o ouro?
Do vender o mouro?
Do entregar-se ao dono?
Do adorar o sol?
Do queimar o rosto?
Do dominar o fraco?
Do pisar na grama?
Do olvidar os enganos?
Do esquecer os danos?
Do aquecer o dorso?
Do aceitar o afeto?
Do viver o incerto?
Do domar o vento do deserto?
Do chorar o silêncio?
Do aceitar o acalanto?
Do adoçar o amargo?
Do mover os braços?
Do estreitar os laços?
Do elevar o ínfimo?
Do querer AMAR?
D’onde o AMOR ?

Maria Cavalcante