sábado, 9 de março de 2013

HUMOR



                                    
                 HUMOR!
                 Não gosto, não curto, abomino mesmo comédias!

                 Pastelões então, só são comparáveis aqueles tristes enlatados norte-americanos, que contam com claque organizada a aplaudir os píncaros do besteirol, para com seus aplausos inoportunos e irracionais, nos contar que está na hora de rirmos qual bando de idiotas babosos e alienados

               Não gosto que tentem me colocar na manada impensante e despida de critério ou despersonalizada.

               Programas de auditório afrontam minha dignidade humana!

               Não pensem entretanto,  que sou despida de humor, pelo contrário!

               Uma das qualidades que muito me encanta e ajuda no cotidiano ao longo dos anos, é justamente o bom humor!

              Em momentos críticos, desastrosos mesmo, me encontro bem humorada, encarando com bonomia o episódio e, muitas vezes chego até a rir dos aspectos cômicos, encontrados no meio do trágico, talvez encontre nos desastres do cotidiano, um pouco de tragicomédia.

          Chego a criar em minha mente, quadros divertidos, algumas caricaturas e mesmo, desenhos animados que surgem de situações corriqueiras ou de sentimentos piegas  ou, de medos  que tragam em seu bojo algo que desperte galhofa.

         Acredito que o meu humor seja um tanto britânico, ele não vem de intenções escancaradas para fazer rir, menos ainda de atitudes debochadas.

         Prefiro o humor fino, inteligente, com um toque de sofisticação ou de cinismo, algo perceptível a poucos atentos á trama, ao ponto de rir justamente quando poucos o fazem.

         No entanto, me lembro de ter rido tanto, mas tanto mesmo, nos idos tempos de juventude, em que fui com alguns amigos, como sempre fazíamos, a um baile com show, tudo ao ar livre, nos jardins de belo e agradável clube em moda na época.

         A atração da noite era um show do Costinha e, quando a música foi interrompida, anunciando a apresentação da noite, quando dançávamos perto do palco em que se faria a apresentação, então como outros o fizeram, nos sentamos  ali mesmo, na borda do palco e ali ficamos até que, lá pelas tantas, o show correndo e os aplausos animando ao apresentador e ele, a interpretar uma história atrás da outra e, contou mais uma tão sem graça, que desatei a rir às bandeiras despregadas e, tanto ria, que Costinha parou por alguns instantes, esperando que meu riso cessasse.

               Isso mais me fez rir e ele, com o microfone ás mãos, se queixou que eu estava lhe roubando o show, o que só fez aumentar o meu gargalhar!

              Não senti vergonha nem vexame, mas preferi ir ao lavabo tentar me recompor mas, pelo que me lembro, ri muito gostoso, tão gostoso que só a lembrança do ocorrido, do esdrúxulo  da situação, já desperta em mim, uma vontade enorme de rir, o que hoje faço condescendente, com um agradável sorriso.
                                              


                                           

2 comentários:

Giulia Piovezan disse...

muito legal seu blog Mariza...

lembranças minhas e de Miu.

beijos

Gisele Cezar disse...

Uma sugestão de leitura: O riso de Henry Bergson