HUMOR!
Não gosto, não curto, abomino
mesmo comédias!
Pastelões então, só são
comparáveis aqueles tristes enlatados norte-americanos, que contam com claque
organizada a aplaudir os píncaros do besteirol, para com seus aplausos
inoportunos e irracionais, nos contar que está na hora de rirmos qual bando de
idiotas babosos e alienados
Não gosto que tentem me colocar
na manada impensante e despida de critério ou despersonalizada.
Programas de auditório afrontam
minha dignidade humana!
Não pensem entretanto, que sou despida de humor, pelo contrário!
Uma das qualidades que muito me
encanta e ajuda no cotidiano ao longo dos anos, é justamente o bom humor!
Em momentos críticos, desastrosos
mesmo, me encontro bem humorada, encarando com bonomia o episódio e, muitas
vezes chego até a rir dos aspectos cômicos, encontrados no meio do trágico,
talvez encontre nos desastres do cotidiano, um pouco de tragicomédia.
Chego a criar em minha mente, quadros
divertidos, algumas caricaturas e mesmo, desenhos animados que surgem de
situações corriqueiras ou de sentimentos piegas
ou, de medos que tragam em seu
bojo algo que desperte galhofa.
Acredito que o meu humor seja um tanto
britânico, ele não vem de intenções escancaradas para fazer rir, menos ainda de
atitudes debochadas.
Prefiro o humor fino, inteligente, com
um toque de sofisticação ou de cinismo, algo perceptível a poucos atentos á
trama, ao ponto de rir justamente quando poucos o fazem.
No entanto, me lembro de ter rido
tanto, mas tanto mesmo, nos idos tempos de juventude, em que fui com alguns
amigos, como sempre fazíamos, a um baile com show, tudo ao ar livre, nos
jardins de belo e agradável clube em moda na época.
A atração da noite era um show do
Costinha e, quando a música foi interrompida, anunciando a apresentação da
noite, quando dançávamos perto do palco em que se faria a apresentação, então
como outros o fizeram, nos sentamos ali
mesmo, na borda do palco e ali ficamos até que, lá pelas tantas, o show
correndo e os aplausos animando ao apresentador e ele, a interpretar uma
história atrás da outra e, contou mais uma tão sem graça, que desatei a rir às
bandeiras despregadas e, tanto ria, que Costinha parou por alguns instantes,
esperando que meu riso cessasse.
Isso mais me fez rir e ele, com
o microfone ás mãos, se queixou que eu estava lhe roubando o show, o que só fez
aumentar o meu gargalhar!
Não senti vergonha nem vexame,
mas preferi ir ao lavabo tentar me recompor mas, pelo que me lembro, ri muito
gostoso, tão gostoso que só a lembrança do ocorrido, do esdrúxulo da situação, já desperta em mim, uma vontade
enorme de rir, o que hoje faço condescendente, com um agradável sorriso.
2 comentários:
muito legal seu blog Mariza...
lembranças minhas e de Miu.
beijos
Uma sugestão de leitura: O riso de Henry Bergson
Postar um comentário