sábado, 20 de outubro de 2012

ASAS COM "Z"

 
                      

                                                                           
                               
                  ASAS COM “Z” 

                 Dias destes, delicada mas incisivamente, fui corrigida por dileta amiga, pois acabara de cometer sacrílega falta para com a nossa língua.

                 Ousara escrever asa com “z”!

                 Certa estava a diligente amiga, pelo que muito agradeço!

                 Pressurosa, corri a salvar o texto em questão, fazendo as necessárias correções.

                 No entanto, de lá para cá,  tenho me sentido  mal, doem-me os braços, ombros e omoplatas!

                Quero esticar os braços e livremente batê-los como a alçar voos, ou simplesmente aquietá-los a plainar pelos ares.

                Difícil, no entanto !

                Entretanto, ainda não identifiquei se a dificuldade se prende á minha condição humana, em que as asas são meras e imprecisas recordações de um outro tempo ou dimensão, em que minha divindade hoje latente, era mais autêntica, não impressão saudosa e abstrata.

                 Não sei também se a dificuldade se prende á artrite reumatoide que trava os movimentos e impede o ágil “bater asas” ou se está apenas na impressão sensível de um subconsciente impressionável!

                 Sim, porque o “s” de asa tolhe os voos, impede com essa sinuosidade lânguida e escorregadia tal qual a viscosidade dos batráquios ou seja, dos sapos,  o abrir asas e alçar voos.

                 Quem nos levaria leves e soltos a desbravar os ares, a elegantes volteios, em voos rasantes ou rápidos e supersônicos, em mergulhos abruptos e brincadeiras vertiginosas e atrevidas, ainda ao plainar belo e tranquilo, seria  com certeza o ágil “z”.

                O formato e desenho anguloso do “z” permitiria a plena liberdade de movimentos com a agilidade e elegância necessárias.

               Voar, para mim, apenas possível com as belas, hábeis, ágeis e elegantes asas que, para serem plenas e eficazes, necessitariam trazer em si,  o “z” com o qual me identifico por trazê-lo duas vezes grafado, tanto no pré-nome  como num dos patronímicos.

              O “z” de azar que não diz respeito á má sorte, mas sim ás probabilidades da sorte, o “z” simpático das zebras que desfilam pelas selvas, circos e zoológicos com seus elegantes “ pijamas” e ainda, o “Z”  do Zorro, o também elegante e charmoso herói que resiste ao tempo e, que voa com seu rápido e lindo corcel, cortando os ares  e com seu chicote ou espada, fazendo a marca “Z”.

              Eu  quero retornar á dimensão divina e assim, quero de volta as minhas azas com “z”!  

                             

                          

                                    

2 comentários:

Anônimo disse...

Adorei a crônia, ainda mais que eu sei quem te inspirou!!!!!
Beijos
Sonia

Anônimo disse...

Crônica Maravilhosa!!!!!!
Sonia