Dias
destes, delicada mas incisivamente, fui corrigida por dileta amiga, pois
acabara de cometer sacrílega falta para com a nossa língua.
Ousara
escrever asa com “z”!
Certa
estava a diligente amiga, pelo que muito agradeço!
Pressurosa, corri a salvar o texto em questão, fazendo as necessárias
correções.
No
entanto, de lá para cá, tenho me
sentido mal, doem-me os braços, ombros e
omoplatas!
Quero
esticar os braços e livremente batê-los como a alçar voos, ou simplesmente
aquietá-los a plainar pelos ares.
Difícil, no entanto !
Entretanto, ainda não identifiquei se a dificuldade se prende á minha
condição humana, em que as asas são meras e imprecisas recordações de um outro
tempo ou dimensão, em que minha divindade hoje latente, era mais autêntica, não
impressão saudosa e abstrata.
Não
sei também se a dificuldade se prende á artrite reumatoide que trava os
movimentos e impede o ágil “bater asas” ou se está apenas na impressão sensível
de um subconsciente impressionável!
Sim,
porque o “s” de asa tolhe os voos, impede com essa sinuosidade lânguida e
escorregadia tal qual a viscosidade dos batráquios ou seja, dos sapos, o abrir asas e alçar voos.
Quem
nos levaria leves e soltos a desbravar os ares, a elegantes volteios, em voos
rasantes ou rápidos e supersônicos, em mergulhos abruptos e brincadeiras
vertiginosas e atrevidas, ainda ao plainar belo e tranquilo, seria com certeza o ágil “z”.
O
formato e desenho anguloso do “z” permitiria a plena liberdade de movimentos
com a agilidade e elegância necessárias.
Voar,
para mim, apenas possível com as belas, hábeis, ágeis e elegantes asas que,
para serem plenas e eficazes, necessitariam trazer em si, o “z” com o qual me identifico por trazê-lo
duas vezes grafado, tanto no pré-nome
como num dos patronímicos.
O “z” de
azar que não diz respeito á má sorte, mas sim ás probabilidades da sorte, o “z”
simpático das zebras que desfilam pelas selvas, circos e zoológicos com seus
elegantes “ pijamas” e ainda, o “Z” do
Zorro, o também elegante e charmoso herói que resiste ao tempo e, que voa com
seu rápido e lindo corcel, cortando os ares
e com seu chicote ou espada, fazendo a marca “Z”.
Eu quero retornar á dimensão divina e assim,
quero de volta as minhas azas com “z”!
2 comentários:
Adorei a crônia, ainda mais que eu sei quem te inspirou!!!!!
Beijos
Sonia
Crônica Maravilhosa!!!!!!
Sonia
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