sábado, 22 de setembro de 2012

HORIZONTES

                  
                     
      

          HORIZONTES

         Os horizontes são interessantes... delimitam a geografia em seus acidentes, em suas políticas, delimitam perspectivas marcadas a óleo, nanquim, crayon, pastel, em aquarela ou guache mas, os horizontes humanos são os mais sérios e os menos percebidos.

        Esses são os reais horizontes, esses são os que criam os outros, são os verdadeiros limites humanos e, não adianta querer ultrapassá-los quer pela tecnologia ou ciências outras, mesmo as chamadas humanas!

       Em razão dos limites humanos, de pouco vale a cultura, pois estão gravados indelevelmente, na cultura da própria alma, esses são os verdadeiros e reais limites, as linhas demarcatórias da alma humana, o que define o ser de toda e qualquer raça ou credo, define o ser chamado humano.

      Poucos, talvez, deles se apercebem, se conscientizem ou os levem a sério, porque isso, seria reconhecer sua própria impotência, suas reais perspectivas e, seus condicionamentos aos lugares comuns.

       Quantos horizontes existirão por aí, num mesmo núcleo sócio econômico, num agrupamento cultural ou mesmo familiar? Não sei, apenas procuro conter um pouco, o impulso que inconscientemente me faz procurar o meu, pois alem dos próprios, dos personalíssimos, a sociedade, a convivência e a conveniência, nos cria outros menores e, nos obriga a aceitar outros que não os nossos e, isso não é fácil, se bem que, por vezes, necessário e massacrante!

     Enfim, sendo como somos, os únicos animais chamados racionais e eminentemente sociáveis, temos que nos curvar ás linhas demarcatórias mais estranhas e pobres, para  que possamos continuar tidos por racionais e sociáveis, prosseguindo a respeitar o direito dos outros, mesmo que nos tolham a liberdade de ser.

      Não nos tolhem a liberdade de ser por vontade ou deliberação própria, mas apenas em razão de suas perspectivas, de suas linhas demarcatórias, da extensão de seus próprios horizontes e, de seus personalíssimos e indeléveis limites.    
     
                               

Um comentário:

Anônimo disse...

Amei o texto e principalmente as imagens, beijinhos minha querida!! E uma otima quinta-feira!!!
ANDREA