HORIZONTES
Os horizontes são interessantes...
delimitam a geografia em seus acidentes, em suas políticas, delimitam
perspectivas marcadas a óleo, nanquim, crayon, pastel, em aquarela ou guache
mas, os horizontes humanos são os mais sérios e os menos percebidos.
Esses são os reais horizontes, esses
são os que criam os outros, são os verdadeiros limites humanos e, não adianta
querer ultrapassá-los quer pela tecnologia ou ciências outras, mesmo as
chamadas humanas!
Em razão dos limites humanos, de pouco
vale a cultura, pois estão gravados indelevelmente, na cultura da própria alma,
esses são os verdadeiros e reais limites, as linhas demarcatórias da alma
humana, o que define o ser de toda e qualquer raça ou credo, define o ser
chamado humano.
Poucos, talvez, deles se apercebem, se
conscientizem ou os levem a sério, porque isso, seria reconhecer sua própria
impotência, suas reais perspectivas e, seus condicionamentos aos lugares
comuns.
Quantos horizontes existirão por aí, num
mesmo núcleo sócio econômico, num agrupamento cultural ou mesmo familiar? Não
sei, apenas procuro conter um pouco, o impulso que inconscientemente me faz
procurar o meu, pois alem dos próprios, dos personalíssimos, a sociedade, a
convivência e a conveniência, nos cria outros menores e, nos obriga a aceitar
outros que não os nossos e, isso não é fácil, se bem que, por vezes, necessário
e massacrante!
Enfim, sendo como somos, os únicos animais
chamados racionais e eminentemente sociáveis, temos que nos curvar ás linhas
demarcatórias mais estranhas e pobres, para
que possamos continuar tidos por racionais e sociáveis, prosseguindo a
respeitar o direito dos outros, mesmo que nos tolham a liberdade de ser.
Não nos tolhem a liberdade de ser por
vontade ou deliberação própria, mas apenas em razão de suas perspectivas, de
suas linhas demarcatórias, da extensão de seus próprios horizontes e, de seus
personalíssimos e indeléveis limites.
Um comentário:
Amei o texto e principalmente as imagens, beijinhos minha querida!! E uma otima quinta-feira!!!
ANDREA
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