segunda-feira, 28 de novembro de 2016

CORAÇÃO...

                                                                                     

                                                                                   
                                                    CORAÇÃO...
                                                                                                    

                Coração amanteigado. Derretido, caloroso, amoroso, se empederniu, fechou, murchou, secou e se ressecou! Confrangeu pois tanto e tantas vezes foi machucado, vilipendiado, atingido, esquecido que se encolheu como se procurasse abrigo e se acomodasse sob a proteção de uma ostra,
                Não fosse um coração de câncer, o signo do caranguejo! Às vezes  até ensaia uma corrida de viés tentando sobreviver.
                Tantos os desenganos, inúmeros e doídos os desencantos com o país e seus líderes, com a inércia e a usura, com a desumanidade do levar vantagem acima de tudo, com a bandalheira e pior, os desencantos tristes e doídos com os mais queridos, os mais íntimos, os mais amados ao longo de longa vida!
                Coração que ainda teima em se sensibilizar com algumas notícias ou com amigos, com cenas e atitudes de desconhecidos, mas do calor dos antigos e mais íntimos amores, é morto o coração que se encolhe e se defende mesmo viciado a bem querer, quase recai no sentir porém a dor latente se faz aguda e ele se encouraça, pois mesmo assim ainda quer pulsar, corresponder à vida e esperar por seus milagres.
                Triste e amigo coração sempre tão gentil e amoroso!
                Como bem o conheço respeito sua dor/luto, mas tento por vezes e quantas vezes possível for e o que necessário se fizer para acordá-lo, revivê-lo e de novo vê-lo ser como sempre foi, num coração puro de amor, amorável e amável.

                                               Mariza C.C. Cezar
                                                                                                          
   


                              

4 comentários:

Unknown disse...

Isso Amiga Mariza, vive-se viés e vieses, faz parte, somos diferentes, uns dos outros, mas, o importante é sermos como somos, sonhadores, crentes, esperançosos! Jamais pode-se perder a boa essência, com a qual nascemos e cultivamos, e, é tão rara, nos dias de hoje!

Ana Ierizzi disse...

Como sempre recebemos um lindo texto de presente, obrigada Mariza! Boa noite!

Flávio Tallarico disse...

Mariza: como é gostoso visitar o seu blog e ler as suas crônicas. O coração realmente é um órgão poderoso e resistente mas, ao mesmo tempo, amanteigado demais. Derrete rapidamente com as nossas emoções - ora alegres, ora tristes. Como você sempre transmite tão bem essas sensações em suas crônicas. Mais uma vez, alegre por ter lido seu belo texto. Abração.

Carlos Gama disse...

O mais importante mesmo, Mariza, é que o coração não se feche como uma ostra e continue a pulsar esperançoso, sempre esperançoso.
É de um velho dito: "a esperança é a última que morre". Pois mantenhamos viva a esperança, para que não morramos em vida, ainda que tenhamos de conviver com todas as vicissitudes. Afinal, as falhas são humanas, mas reparáveis.
É muito bom poder interagir com você e com as suas visões de vida e sentimentos.