sábado, 24 de setembro de 2016

RITOS DE PASSAGEM

                                                                 

                                                                       

                                  RITOS DE PASSAGEM
                                                     

                Importantes os ritos de passagem, ocorrem muitas vezes despercebidos para muitos que sentem, sofrem ou se extasiam sem entender seu significado e real importância.
                Povos antigos e tradições de algumas etnias e culturas, como diversos núcleos religiosos, reverenciam, festejam, cultuam e preparam essas passagens de tempo, de status e degraus de experiência.
                Muitos na verdade são esses ritos, alguns perceptíveis e até comemorados, sem que, entretanto se dê a eles a importância ou a preparação apropriada.
                São muitas as mudanças de fase ou status, principalmente aquelas que trazem experiências, responsabilidades e liberdades marcantes e diversas.
                Muitas são as “primeiras vezes” na vida de todos nós, mas nem sempre nos apercebemos da importância delas e o quanto marcam as nossas vidas e interferem no nosso caminhar pelas retas e curvas do cotidiano do nosso viver!
                Mudanças fisiológicas, emocionais, etárias, culturais, acadêmicas, profissionais, liberdades e responsabilidades, adquiridas, assumidas por livre escolha ou a nós delegadas, o que importa é que todas elas trazem um rito de passagem mesmo que não estejamos culturalmente preparados para reconhecê-las ou tenhamos maturidade para prepará-las ou festejá-las condigna e necessariamente.
                O primeiro choro ao nascer, o primeiro sorriso, a primeira palavra, o primeiro passo, a primeira gracinha,o primeiro tombo, o primeiro animalzinho de estimação, o primeiro amigo, o primeiro dia de aula, o primeiro dente de leite assim como depois, o primeiro dente definitivo e também  a primeira briga, e assim tantas são as primeiras vezes ao longo da infância!
                Na adolescência então, quando deixamos de ser crianças e nossos hormônios começam a se manifestar e entram em ebulição trazendo  muitas mudanças no corpo e no temperamento! Para a menina o desabrochar dos pequeninos seios e para os meninos as diferentes modulações de voz, a primeira ereção e para elas, a primeira menstruação.
                O primeiro beijo roubado ou compartilhado, o primeiro namoro, os suspiros e sonhos...
                O primeiro sexo para uns, o primeiro batom para elas e por vezes o primeiro cigarro para os dois, assim como o primeiro roubo do carro dos pais para uma volta!
                Cada fase ou estágio acarretam várias e diversas “ primeiras vezes”.
                O primeiro emprego, o diploma universitário, o casamento, a primeira noite, a “primeira vez”  sacrossanta ou com tentador gosto de pecado ou de desafio aos princípios e normas!
                Com o passar dos séculos e décadas, os usos e costumes alteram certas tradições e valores e muitos desses ritos de passagem passam despercebidos, o que é uma pena, pois o prazer momentâneo perde muito tempero que dá mais sabor à vida e as passagens acontecem sem que se dê acordo delas.
                Abordamos algumas pequeninas mudanças em que galgamos experiências e conquistas, mas os grandes acontecimentos marcam os verdadeiros ritos de passagem, não apenas de ser e de viver, mas também de cunho religioso em diferentes culturas, ocasiões em que muitas vezes atravessamos verdadeiros portais etéreos e energéticos com repercussão em cada fimbria do nosso ser, mesmo da nossa alma e quem sabe com ecos energéticos com consequências por toda a eternidade cósmica, pois não somos todos UM com todos e com repercussões históricas e vibráteis pela eternidade?
                                    
                                                             Mariza C.C. Cezar
                                                                                                                              

7 comentários:

Flávio Tallarico disse...

Cara amiga: mais uma vez, parabéns por sua crônica. Os ritos de passagem são muitos, durante a vida. Porém, como você mesmo diz ao final, o grande rito de passagem virá em dia e hora inesperados. Estaremos prontos para isso? Só a nossa conduta durante a nossa existência, o dirá na hora exata. Portanto convém nos prepararmos pacientemente, enquanto a vida nos permitir. Um grande abraço.

Unknown disse...

Vivemos tantos destes ritos, com tanta intensidade e garra...agora, sem forças, sem garra ou gana, esperamos pelo último, comodamente!Parabéns Amiga, por mais este relicário!

Valéria disse...

Mais uma vez parabenizo suas cronicas!Toca a alma, o coração, reflexiva! Obrigada mais uma uma vez em repartir comigo esse momento.

Valéria disse...

Mais uma vez parabenizo suas cronicas!Toca a alma, o coração, reflexiva! Obrigada mais uma uma vez em repartir comigo esse momento.

Jouvana disse...

Passagens e passagens, tantas que já perdi a conta! Me levou a pensar!!!Obrigada Mariza

Carlos Gama disse...

Boa noite, Mariza!
Agradeço o convite para mais esta visita.
Um texto profundo, apesar de sua aparente simplicidade e que nos leva a refletir muito, a viajar no tempo (regredindo e antevendo) e sorrir, sorrir muito.
Reitero o meu agradecimento e cumprimento-a pela excelência do conteúdo.
Fraterno abraço!

Suely Ribella disse...

A primeira, o primeiro, "as vezes" que ainda guardamos na memória... e que você nos faz lembrar com sua crônica... Ah, saudade...