EM QUE PEDAÇO DO CAMINHO.....
Em que pedaço do caminho me
perdi de mim?
Educado com ranços de
tradição e rasgos de avanços tidos por liberais, frutos de sofisticada cultura
que carrega ousadia para com os usos e
costumes imperantes.
Educar tinha a conotação de
moldar, se necessário, castrar qualquer manifestação que fugisse às normas do
bom comportamento, do politicamente correto, quer em sentimentos, pensamentos e
ações, como ainda, das etiquetas,
apresentações e convívios em sociedade ou família.
Robôs animados e enfeitados,
interagindo como se vivos fossem e acreditando mesmo em sua condição humana!
Robô interagindo, crescendo,
desenvolvendo intelecto, caráter, personalidade, produzindo e, vez por outra,
ousando o suficiente para se acreditar autêntico, humano.
Ao longo do caminho, se investiu de e, usou
persona, por vezes, alternadas caracterizações, umas o fez consciente, outras
treinado que estava, inconsciente e inconsequentemente.
Tão treinado estava o robô, que
não se sabia diferente, pois assim fora construído, abafado ou anulado.
Feito de matéria prima vibrante e fértil, uma vez
moldado, carregava tons de credibilidade à animação apresentada e, por ser
vibrante e fértil, era o primeiro a acreditar na criação que encenava.
Se matéria prima era,
assim foi moldado e, como o programado
assumiu a criação que imposta, lhe foi apresentada e presenteada, pois a vida
não é dádiva e, o maior presente do Criador?
Assim querem os preceptores,
assim mandam os deuses!
No entanto, se acreditando
humano, tinha a regalia de pensar que pensava e, por vezes questionava e mais
ainda, filosofava!
Então, a questão:
Quem sou eu? Em que parte do
caminho, me perdi de mim?
Mariza C.C. Cezar
Mariza C.C. Cezar
Um comentário:
Mariza
Gostei muito desta matéria!!!!
Sonia
Postar um comentário