sábado, 26 de outubro de 2013

EM QUE PEDAÇO DO CAMINHO.....

                                                                        

                  
  EM QUE PEDAÇO DO CAMINHO.....
                                                             
                                   


                    Em que pedaço do caminho me perdi de mim?

                    Educado com ranços de tradição e rasgos de avanços tidos por liberais, frutos de sofisticada cultura que carrega ousadia para com  os usos e costumes imperantes.

                    Educar tinha a conotação de moldar, se necessário, castrar qualquer manifestação que fugisse às normas do bom comportamento, do politicamente correto, quer em sentimentos, pensamentos e ações, como ainda, das etiquetas,  apresentações e convívios em sociedade ou família.

                   Robôs animados e enfeitados, interagindo como se vivos fossem e acreditando mesmo em sua condição humana!

                  Robô interagindo, crescendo, desenvolvendo intelecto, caráter, personalidade, produzindo e, vez por outra, ousando o suficiente para se acreditar autêntico, humano.

                Ao longo do caminho, se investiu de e, usou persona, por vezes, alternadas caracterizações, umas o fez consciente, outras treinado que estava, inconsciente e inconsequentemente.

              Tão treinado estava o robô, que não se sabia diferente, pois assim fora construído, abafado ou anulado.

             Feito de  matéria prima vibrante e fértil, uma vez moldado, carregava tons de credibilidade à animação apresentada e, por ser vibrante e fértil, era o primeiro a acreditar na criação que encenava.

              Se matéria prima era, assim foi moldado  e, como o programado assumiu a criação que imposta, lhe foi apresentada e presenteada, pois a vida não é dádiva e, o maior presente do Criador?

               Assim querem os preceptores, assim mandam os deuses!

               No entanto, se acreditando humano, tinha a regalia de pensar que pensava e, por vezes questionava e mais ainda, filosofava!

               Então, a questão:

               Quem sou eu? Em que parte do caminho, me perdi de mim?

                                             Mariza C.C. Cezar                                         

                                                   
                                                                         

Um comentário:

Anônimo disse...

Mariza

Gostei muito desta matéria!!!!

Sonia