LIBERDADE
Mais do qualquer outra coisa,
liberdade é antes de tudo, um estado de espírito.
Não há cativeiro maior que o
auto-imposto, mesmo que e, principalmente pelo inconsciente sobrecarregado
pelas mazelas do ego, esse eterno algoz e sedutor a desviar o caráter e a nos subjugar e manter reféns do
desequilíbrio e subseqüentes desvios, alguns rotulados já no meu tempo de
criança, como pecados venais.
Pena que nos apresentassem ou
que nos apresentem esses “auxiliares de carceragem” como pecados,pois assim
reforçam a nossa rendição , agravada pela entrega ao peso da culpa, ao invés de
nos dar forças á luta pelo bem maior, que é a liberdade que só é plena quando
iluminada pelo brilho da luz interior, mesmo que nos encontremos externamente
acorrentados a masmorras escuras e fétidas, literal ou simbolicamente e,
impostas pelo momento histórico e suas circunstâncias.
Nada nos retêm, nada nos detêm,
acorrenta ou subjuga, que não o nosso ânimo doente, o nosso espírito alquebrado
e enfraquecido pelas paixões do ego, pelos desvios da fé, ou ainda pelo mal uso
dessa mesma fé colocada em um falso deus, a fé no negativo, pavoroso, escuro,
pingando sangue como o que nos apresenta a imprensa marrom, mesmo que esse
negativo se recubra do brilho do ouro ou dos holofotes.
O medo, esse terrível inimigo que
nos paralisa e nos torna inertes e caquéticos, na realidade é fruto desse mesmo
desvio, pois o medo nada mais, nada menos é do que a fé no negativo, no oposto,
no que se teme, enfim fé na escuridão da alma ao invés de crer no bem, na luz,
no próximo, em si e em Deus.
Hasteemos em nossos corações e
mentes, no íntimo do nosso ser, desfraldemos com alegria e convicção a bandeira
branca da paz, advinda da liberdade real de finalmente ser, um ser total e
livre, livre inclusive para eventualmente errar, cair, aprender a se erguer e
continuar a caminhar e a crescer.
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