Boa Noite amigos!
Venho brindá-los com algo realmente grande e significativo!
Nesta data tão especial, não poderia dizer nada, apenas reverente á data em que se comemora a REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA, a revolução de 1932, deixar que o grande , o inigualavel poeta GUILHERME DE ALMEIDA fale por SÃO PAULO:
Poema: A
bandeira das 13 listas
(Guilherme de Almeida) - 1934
(Guilherme de Almeida) - 1934
Bandeira de
minha terra,
bandeira das treze listas:
são treze lanças de guerra
cercando o chão dos Paulistas!
bandeira das treze listas:
são treze lanças de guerra
cercando o chão dos Paulistas!
Prece alternada, responso
entre a cor branca e a cor preta:
velas de Martim Afonso,
sotaina do Padre Anchieta!
Bandeira de Bandeirantes,
branca e rota de tal sorte,
que entre os rasgões tremulantes
mostrou a sombra da morte.
entre a cor branca e a cor preta:
velas de Martim Afonso,
sotaina do Padre Anchieta!
Bandeira de Bandeirantes,
branca e rota de tal sorte,
que entre os rasgões tremulantes
mostrou a sombra da morte.
Riscos
negros sobre a prata:
são como o rastro sombrio
que na água deixava a chata
das Monções, subindo o rio.
Página branca - pautada
Por Deus numa hora suprema,
para que, um dia, uma espada
sobre ela escrevesse um poema:
Poema do nosso orgulho
(eu me vibro quando me lembro)
que vai de nove de julho
a vinte e oito de setembro!
Mapa de pátria guerreira
traçado pela Vitória:
cada lista é uma trincheira;
cada trincheira é uma glória!
Tiras retas, firmes: quando
o inimigo surge à frente,
são barras de aço guardando
nossa terra e nossa gente.
são como o rastro sombrio
que na água deixava a chata
das Monções, subindo o rio.
Página branca - pautada
Por Deus numa hora suprema,
para que, um dia, uma espada
sobre ela escrevesse um poema:
Poema do nosso orgulho
(eu me vibro quando me lembro)
que vai de nove de julho
a vinte e oito de setembro!
Mapa de pátria guerreira
traçado pela Vitória:
cada lista é uma trincheira;
cada trincheira é uma glória!
Tiras retas, firmes: quando
o inimigo surge à frente,
são barras de aço guardando
nossa terra e nossa gente.
São os dois
rápidos brilhos
do trem de ferro que passa:
faixa negra dos seus trilhos,
faixa branca da fumaça.
do trem de ferro que passa:
faixa negra dos seus trilhos,
faixa branca da fumaça.
Fuligem das
oficinas;
cal que as cidades empoa;
fumo negro das usinas
estirado na garoa!
cal que as cidades empoa;
fumo negro das usinas
estirado na garoa!
Linhas que
avançam; há nelas,
correndo num mesmo fito,
o impulso das paralelas
que procuram o infinito.
correndo num mesmo fito,
o impulso das paralelas
que procuram o infinito.
Desfile de
operários;
é o cafezal alinhado;
são filas de voluntários;
são sulcos do nosso arado!
é o cafezal alinhado;
são filas de voluntários;
são sulcos do nosso arado!
Bandeira que
é o nosso espelho!
Bandeira que é a nossa pista!
Que traz, no topo vermelho,
o coração do Paulista!
Bandeira que é a nossa pista!
Que traz, no topo vermelho,
o coração do Paulista!
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