quarta-feira, 9 de novembro de 2011

LIBERDADE E FELICIDADE

 
               LIBERDADE E FELICIDADE
               Liberdade plena só existe em função da dualidade com que fomos agraciados neste nosso planeta Terra e isso, note-se que após a expulsão do paraíso, ao experimentarmos o fruto proibido, que é o conhecimento dessa dualidade, ou ainda do bem e do mal, da Luz e da Sombra.

             Deixamos então o estado de graça, a beatitude dos diletos seres feitos á semelhança do Criador, ao tentarmos ser realmente como esse Todo Poderoso Pai e aí, em “desgraça”, passarmos a assumir a responsabilidade pelas nossas escolhas, pelas conseqüências das nossas ações, assumirmos, a partir desse conhecimento, a responsabilidade pelo exercício do nosso “livre arbítrio”, a real liberdade de escolha, a liberdade de não apenas fazer ou não fazer, mas principalmente de ser ou não ser.

            Para quem conhece sua  faculdade ou melhor, seu sagrado direito de escolha, de por livre escolha exercer esse direito maior que é o da liberdade, seja em que momento ou em que questão for, se deixar de exercê-lo, seja por omissão ou opressão, estará renegando ou, estará vilipendiado em sua condição humana e assim, impedido de ser feliz ou quiçá de puramente ser.

           Sempre prezei meu direito sagrado á liberdade e quando esse direito me foi cassado pela política dos homens, com a desestabilização financeira, causada pela má administração do dinheiro público e mau gerenciamento dos negócios do Estado, em flagrante desrespeito á dignidade humana daqueles que compõe a máquina governamental, obrigando-me entre outras renúncias á do meu amado carrinho, me senti vilipendiada e espoliada no meu sagrado direito á liberdade de “ir e vir”.

         Nasci para viver em plena sintonia com o carro, rodando estradas e ruas, subindo rampas e ladeiras, galgando distâncias e alturas, enquanto os olhos ávidos absorviam as belezas das paisagens percorridas ou vislumbradas e, a alma plainava leve e exultante em vôos altos ou rasantes, bailando com a luz do dia ou das estrelas, ao som do prazer que a tudo fazia vibrar em êxtase de viver.

        Assim vivi e exerci o meu viver, entre deveres e folguedos até que me vi cerceada em meu sagrado direito á liberdade de ir e vir.

         Dizia sempre que o carro  pára mim não era luxo, mas que fazia parte desse direito inalienável, pois minha alma cigana sempre livre, queria continuar livre a correr e percorrer o mundo com o seu atual “carroção” motorizado , no entanto decorrido alguns anos e, somando perdas e desapegos, esta semana me surpreendi a olhar com olhos cobiçosos, não a mulher ou o homem dos visinhos e tampouco o seus belos  possantes carros, mas sim a liberdade daquele transeunte que tranqüilamente caminhava pelas ruas, saboreando a vida e a alegria ou felicidade de prazerosamente ir e vir por livre escolha, e eu então me senti feliz por ter a liberdade de optar e alquimicamente transformar limões em limonada. 
                                                                

2 comentários:

http://cidasonhosefantasias.zip.net/ disse...

Olá, Mariza, acessei seu blog. Muito lindo, você é talentosa e precisa nos frequentar lá no Guarujá. Beijos, Cida

Anônimo disse...

Querida Mariza,adoro carros e para mim,é muito importante e útil!muito bem colocado.bjus

Monica