sábado, 19 de novembro de 2011

EM RESPOSTA...

              EM  RESPOSTA: “A CASA QUE ABRIGOU O MAR”
              “A casa que abrigou o mar” de Flávio Viegas Amoreira, em a Tribuna Livre de 25/X/10, me encantou não só pela forma de dizer, como pelo tema tão oportuno e verdadeiro.

              Não posso, entretanto me calar quanto ao pecado apresentado como original, ou seja, a derrubada do Parque Balneário, pois para mim esse foi talvez o pecado capital, pela gravidade do ato e ainda, porque o pecado original já ocorrera há algum tempo, com a sacrílega derrubada do Pálace Hotel na praia do José Menino, com seu velho casarão e suas escadas de mármore branco, rodeadas de agradável jardim, que abrigava em grande gaiola, a moradia de lindo casal de araras, Anita e Peri que amigavelmente bicavam das mãos dos hospedes ou residentes do hotel, frutos dos chapéus de sol que faziam sombra amiga por sobre os bancos no jardim espalhados.

            No salão de festas do Pálace Hotel da av. Presidente Wilson, ocorreram bailes em que dançaram muitos da nossa melhor sociedade, bem como outros que viriam a se destacar no mundo da política, da sociedade e da dramaturgia paulista e, muitas vezes ao som da voz amiga do então jovem crooner Esmeraldo Tarquínio.

           Pecado maior ainda porque a derrubada desse hotel, deu lugar a um exagero de concreto com ares de colméia, em flagrante desrespeito á memória da história santista.

          Quando vim para Santos, ainda uma pequenina menina de dentes de leite, nos idos de 45, aquele hotel foi minha primeira moradia em Santos, como era na época, a residência de muitas autoridades e de suas famílias, até que definissem e realizassem a aquisição do local em que instalariam o lar.
          Minhas memórias de menina aqui em Santos, se reportam a esse hotel, como sei que a de muitas pessoas ilustres aqui da terra, algumas que lá nasceram e outras que já não estão mais por aqui, levando e deixando saudade, como saudade deixou o imponente e acolhedor prédio e seus jardins bem defronte ao jardim de nossas praias, acolhendo o coloquial, aventuras, sonhos e fantasias enquanto fazia história ficando na memória, como o marco de uma época.

3 comentários:

Anônimo disse...

Ótimo!!!!
bjs
Sonia

Anônimo disse...

Querida Mariza,realmente voce está certíssima.Me lembro daquele parque balneário em fotos de minha família...lindo texto(estou correndo, mas não poderia deixar de vir aqui...bjus)

Monica

Anônimo disse...

E quem não se lembra desse tempo ido... É, foram obras de arte que se perderam e tudo fica na lembrança...
Parabéns,
beijos,
Cleide