POETA INSPIRA ALEM DA POESIA
Lendo
uma bela poesia da poetisa Nina Lume, que a apresenta como pobre, por não ser
enquadrada pela métrica usualmente esperada dos poetas de sua grandeza, não
resisti e enlevada e empolgada pelo tema, fui me estendendo em comentários e
quando vi, deu no que vocês vêm aqui e agora:
Que belo enfoque! Que visão
paradisíaca! Poética a criação da Terra no universo inserida! A
poeta justifica tão bem os contrastes da noite e do dia! Ocultou em simbiose a
mulher com a cobra, pois se curvilínea uma, sinuosa a outra o é! Á mulher fez
rainha da noite e dos seus mistérios e tentações encobertas pela falta de
luz! Deu a ela, o Criador, sob
esse enfoque, a submissão de receber eternamente o luar do rei sol, senhor da
luz e do dia e com o dia ele o sol, recebe ainda o encargo do labutar à
ardência do calor. A bem da mulher, fê-la mãe de sois a brilhar
ao longe, com imagem de estrelas! Essas estrelas que se nos apresentam como
cintilantes enfeites da rainha da noite e de seu manto de sombras e rasgos de
luar! Presumo que ao sol foi dado o encargo de fazer germinar grãos e vida. Á
lua a atribuição foi de parir distantes e inatingíveis sois! Não é que os
marotos, sol e lua, punidos pela ousadia do amor concretizado, foram condenados
á eterna separação e não é que driblam á Divina condenação,
penetrando juntos ele como réstia de luz e ela como sombra iluminada por
diáfana renda de prata nas alcovas e recantos os mais diversos e inesperados em
que maravilhados e banhados pelo luar outros amantes se rendem ao amor!
E os poetas, sensibilizados e enlevados pelo
mistério da noite enluarada, pelo amor que perfuma os ares e pelos encantos das
águas que em cantos de encantos se perdem em correntes mansas e serenas nos
rios que correm a fazer marolas no mar que também enamorado nos apresenta as
estrelas do mar e eles os poetas, seu encanto
e seu canto/poesia que alimenta almas e sonhos e a nós inebiria!
Mariza C.C. Cezar
Um comentário:
Achei muito criativa a sua crônica, inspirada no poema da nossa amiga poetisa Nina Lume. Na realidade, o poema e a crônica se complementam. Só tenho a parabenizar as duas por tão terna inspiração.
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