GRAMÁTICOS DE APITO E CARTEIRINHA!
Tem muita gente que se arvora
em posições pouco simpáticas, como por exemplo, os chamados fiscais de
quarteirão, mas esses são até figuras interessantes sob o aspecto social ou
psicológico e, sugerem algumas caricaturas ou charges risíveis e curiosas,
quiçá simpáticas.
No entanto, sensores ou
fiscais gramaticais atentos às correções ortográficas,que a mim parecem, pulular
por estes “Brasís”, vêm crescendo desde a última reforma ortográfica,que
dizem ser bem menos exigente para com as regras tradicionais a que sempre se
ativeram linguistas e filólogos.
Eu que passei por alguma
dessas reformas e cresci ouvindo comentários e críticas às reformas anteriores,
a esta altura dos acontecimentos, já não sei mais a qual seguir e, confesso que
escrevo muito melhor à mão ou mesmo à máquina, do que digito.
Não sei também se a pressa
da internet, desse virtual que impera e agiliza a tudo, inclusive à vida
enquanto encurta espaços na dinâmica de a tudo abraçar e ultrapassar, faz com
que me atropele e me ultrapasse, enquanto me perco de mim e das minhas
certezas.
Se por um lado, me perco de
mim, uma certeza tenho e dela não abro mão pois, se até aceito o dinamismo
virtual em que vivemos e que tudo muda, não aceito em hipótese alguma o descaso
ou desrespeito para com os nomes próprios, mesmo para com os que possam me
parecer, como alguns surgidos de repente do nada, fruto da criatividade
esdrúxula de muitos.
As grafias constantes dos
registros civis hão que ser respeitadas!
A verdadeira identidade de
um indivíduo, nome ou pré-nome e o patronímico, identificam aquele ser que
vindo ao mundo, pelo registro de seu nascimento se torna um cidadão!
Hoje vemos imperar o improviso, a
criatividade, a junção de nomes e outros homenageando figuras de destaque do
esporte ou das telas cinematográficas ou televisivas, seja de que lugar do
mundo ou em que língua forem, até patronímicos surgem vez por outra, não sei se
importados do mundo das fantasias, alguns até referidos com destaque como
tradicionais!
O que me causa estranheza,
é no meio de toda essa criatividade reinante, surjam impunemente, mestres sala ou escola que pomposa e
acintosamente corrigem a grafia do meu nome como também do meu sobrenome!
Nasci num tempo em que se
escrevia Luis com “z”, assim como o “z” ainda em uso e em moda, por tradição,
por escolha, por preferência ou quem
sabe até por metafísica, numerologia ou superstição, como queiram, foi grafado
no meu registro de nascimento duas vezes. No pré-nome Mariza e, em um dos
patronímicos, o Cezar de Cerqueira Cezar e não como insistem alguns atrevidos, que
o querem César com acento e esse, o meu
foi grafado com “z”!
Ora meus caros fiscais
ortográficos, gramáticos de apito e carteirinha, continuem velando pela grafia
pátria mas, por favor, em respeito às leis vigentes, respeitem à individualidade
alheia e saibam que, se eu grafo o meu nome com a letra “z”, o faço pura e
simplesmente por assim ter sido registrada : Mariza e Cezar com “z”!
Por favor! Minha carteira
de identidade, respeitando meu registro de nascimento diz que sou : Mariza
Camargo de Cerqueira Cezar e, essa sou eu, com muito respeito e com muito
orgulho!
Por todo o exposto,
respeitem a grafia dos nomes próprios, isso é imperante e de minha parte, não
abro mão disso,e é bom, eu gosto e agradeço!
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