TEMPO E PRESENTE
Agora é tempo de presentear, pois
é tempo de festa, de solidariedade e de amor, de agradecimentos e gentilezas,
pois o Natal assim como o nascimento de um novo ano, se aproximam.
O momento antecede um rito de
passagem, em que todos, solidários e esperançosos embarcamos, festejamos e
investimos expectativas ansiosas e positivas.
No
entanto, não é ao tempo de festas, e menos aos brindes, ou dádivas natalinas,
menos ás lembranças embrulhadas em papéis ou caixas coloridas, com laços de
fitas artisticamente elaborados, que quero me ater, o que quero, é me ocupar do
tempo.
E amigos meus, o tempo é agora! O tempo que
importa, o real e verdadeiro é o presente!
Agora é que o tempo acontece e, nós
com ele é que somos quem somos!
Tempos idos, passados, percorridos, já
se foram, não voltam e nem contam mais, servem apenas para contar histórias e,
de alicerce para estórias ou testes de memória!
Quando o assunto é tempo, tempo que se
conta, tempo regulado, cronometrado, tempos dos relógios, dos horários de
verão, tempo dos calendários e das ampulhetas, os tempos seculares, o que se
perde, é o precioso tempo!
Os tempos dos amanhãs, os tempos
futuros, previstos, previsíveis, ansiosamente aguardados, esperados, aqueles
que despontam nos horizontes trazidos pelas esperanças, expectativas, aguardados,
ou os guardados, economizados, são tempos perdidos, desperdiçados.
O tempo futuro ainda não chegou e não
passa de perda de tempo com conjecturas e projeções que nem sabemos se virão a
se concretizar ou mesmo, se o alcançaremos!
Quanto de vida não vivida, por conta do
tempo que se conta, se desconta e se desencontra!
Volto
a dizer, que o que conta é o tempo real, verdadeiro, inteiro, é o tempo
presente, aquele em que somos quem somos, em que estamos presentes, por inteiro
e, vibrando em nosso próprio ritmo, em compasso com o ritmo da vida!