ARREBATAMENTO!
Que
arrepio na nuca!
Meu
corpo se abrasa
e
em chamas, percorre
dedo a dedo, palmo a palmo,
arfando sofregamente,
a
doce sinuosidade
da
sua pele fresca e formosa!
Meus
olhos, minha língua
se
unem ao percurso
agora
prazerosamente úmido.
Confesso
arrebatamento
e
avidamente guloso e sedento,
às
pressas ou lânguido
percorro,
descortino, galgo
a
caminho do umbigo,
percurso
dantes nunca
desbravado
e o mundo morre,
se
cala, tudo em volta se acalma.
Ouço
apenas a sonoridade
do
seu, do meu arfar
e
juntos e sem fôlego,
nos
deixamos ficar
momentaneamente,
na taça
cheia
de néctar dos deuses,
a
borbulhar e aí mergulhamos
e
sorvemos inebriante,
refrescante,
energético
elixir da vida e do amor,
que
contem promessas
que
acolhe e aninha,
que
refaz e anima
a
deixar esse doce Oasis
em
busca de caminhos
mais
densos, com promessas
incompreensíveis
e alienantes
de
mergulhos e explosões
em
que os eus se fundem
e
se confundem
em
que se é, sem ser.
Mariza C. de C.
Cezar