sábado, 31 de dezembro de 2011

Snatam Kaur ~ I Am The Light Of My Soul

Let There Be Peace on Earth

PAZ!

                          

                                PAZ!

                                             Paz sim. Mas que ou qual paz?

                                             A paz de espírito, a paz do armistício, da trégua, da bandeira branca pedindo um hiato no meio do burburinho acirrados das guerras e disputas, a paz das consciências muitas vezes inescrupulosas ou permissivas,  a paz dos campos santos, dos mortos, do “descanse em paz” como se a morte trouxesse a tão almejada e difícil paz, crendo que o desconhecido pudesse ser o paraíso perdido, o estado perene de beatitude ou, a paz do “dorme em paz, criança querida”, um atributo da crível inocência dos infantes entregues aos embalos do sono, a paz do esquecimento ( como se esquecimento trouxesse paz!).

                                        Seriam os pacientes de alzheimer, os caquéticos, os loucos, os portadores ou detentores da paz? A falta de ordenamento nas lembranças ou a ausência delas significaria ou seria condição de paz?

                                      Paz, não acredito que seja a ausência da realidade, de consciência, de participação consciente na vida, paz não me parece ser fuga e tão pouco falta de participação e de luta por rendição, paz não seria a contínua e repetitiva  repetição de preces, orações ou mantras, não o murmurar contando contas de terços ou japamalas, o que poderia ser talvez  uma forma de buscar a paz sem a garantia de encontrá-la real e completamente pois a condição ou condicionamento já denota a falta de paz e sua procura.

                                   Paz não é atributo e nem estandarte de nenhum núcleo ou segmento religioso ou filosófico em especial e, muito menos mercadoria a ser adquirida em prateleiras de shopings, consultórios médicos ou holísticos, ou mesmo em “spas”.

                                  Paz não se adquire em cursos acadêmicos ou exotéricos.

                                  Pode-se sim, conseguir momentos sublimes de paz, estados de paz tanto no alto de uma montanha, como á beira mar, por entre o verde do mato, ou em suas clareiras, no brilhante olhar de uma criança, no sorriso de uma jovem mãe, na mansidão do afago de uma mão encarquilhada, até no meio de uma multidão impessoal ou insana.

                                 A verdadeira paz é atributo do amor, mas do amor com desapego, do amor em que nos despimos das exigências e cobranças do ego, em que aceitamos real e verdadeiramente os desiguais, é quando amamos indiscriminada e incondicionalmente a todos, ao próximo, aquele próximo como ao distante e assim, a nós mesmos e a Deus, então estamos em Paz.

                              Que ela se faça presente  e que habite em e entre nós!
           

FELIZ ANO NOVO!

FELIZ ANO NOVO! BEM VINDO 2012!
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domingo, 25 de dezembro de 2011

ELE VEM CHEGANDO...

       ELE VEM CHEGANDO...

           O neném vem a engatinhar e está chegando...

           Para alguns, demorando, muito devagar! Para outros, acelerado, apressado, quase a voar!

           Que seja bem vindo! É vida nova que vem surgindo com ânsias de chegar e aqui entre nós se instalar, a tudo renovar, comandar.

           Para alguns mais realistas ou céticos, nada irá mudar, para outros, entretanto, vem como âncora a salvar, vem com promessas a renovar, transmutar, ideais concretizar!

            É um, ou o próprio neném de Aquário trazendo a luz da salvação para o nosso lar, este planeta azul da cor do céu e da cor do mar.

           Que seja bem vindo! Não importam os credos, não importam as línguas, as cores, os genes ou as bandeiras, não importa também se o calendário é judaico, cristão ou islâmico, hindu, chinês, japonês, se é calendário gregoriano ou dos maias, o que importa mesmo é a promessa de vida,  a perspectiva de futuro e expectativa de renovação a brilhar nos olhos e corações daqueles que esperam com tanta ânsia, com ansiedade imensa e, que crêem pois quem crê tem fé e esta remove montanhas e materializa sonhos e propósitos.

            Bem vinda criança!

            Bem vindo Ano Novo!

            Bem vindo 2012!
             
                    

sábado, 10 de dezembro de 2011

N A T A L

             


                                                               N A T A L

      
 
                             Que tristeza... o Natal está chegando...!
                       Era assim que me sentia e, eram esses os pensamentos que volta e meia surpreendia a me enevoar o ânimo, com um misto de irritação, pesar e nostalgia a estamparem-se em meus olhos naturalmente azuis e risonhos.
                       Natal! Espírito de descontração, festa, fraternidade e confraternização. Presentes...! dar e... receber! Que alegria! A árvore sempre natural e enfeitada com bolas multicoloridas, luzentes e mágicas,cordões rebrilhantes, flocos de neve-algodão, a ponteira e o cometa, estrela-guia com sua longa cauda e... velas pequenas, de cera coloridas e com desenhos em espiral em alto-relevo, acesas á meia noite, hora da magia, do canto e missa do galo, a hora em que Jesus nasceu! Em que nasceu o amor, a verdade, o bem e o belo; a esperança para a humanidade  lá naquela longínqua Belém.    

                           Meia noite de Natal! Hora de sonhos, de sorrisos e orações, a hora daquele velhinho vigoroso, simpático e sempre afável que, incansavelmente e por obra do irreal, percorria o mundo todo, todas as casas, todos os lares ao mesmo tempo, n´uma só noite, distribuindo  alegrias, esperanças, trazendo presentes n´um grande saco mágico com que passava por chaminés ou buracos de fechaduras, pulando janelas por vezes e, vez por outra, ainda encontrando um tempinho, como na minha casa de menina e adolescente, para saborear algumas das muitas guloseimas da mesa grande repleta de assados, farofas, frutas frescas e secas, nozes, castanhas e doces.
                        Como eram festivos, promissores, alegres e bons os meus natais de menina-moça e...como são tristes os de hoje!
                        Descobri que papai-noel não existe, que os presentes custam caro, que as guloseimas são caríssimas, que o mundo é desamor, que o menino-Deus cresceu e...morreu. Morreu  em uma cruz e, eu sinto o peso dela em minha alma quando vejo o atual corre-corre dos nossos Natais de hoje, em que alguns festejam agressiva e soberbamente uma festa pagã com raias de canibalismo, enquanto outros têm o sangue, o ar, a vida se esvaindo em desesperança, em lutas, desalento e, o que é pior... descrença.
                           ¨Que tristeza... o Natal está chegando!!!” e assim pensando e sentindo, eu também corria levada pela maré ao tentar transmitir, dar aos outros, aos próximos e ás crianças da família, ainda um pouco do espírito festivo, das esperanças que a tradição ou o comércio exigiam e...,foi assim que preparei o Natal na minha casa no ano que se findou quando, às 23,45 hs. Da noite de 24, bateram á minha porta...
                           O visitante, um rapagão moreno, bem apessoado, vestido com esmero e simplicidade, deu-se a conhecer no momento em que sorriu com grandes olhos negros a contrastar com bonita dentição alva e...esse visitante inesperado, com seu gesto de amor-respeito-gratidão, abraçou-me com lágrimas nos olhos, cumprimentando-me por entre pedidos de desculpa por ter aparecido em momento que julgava inoportuno, desejando-me um  FELIZ NATAL!
                         E então, esse gesto de amor de um ex-aluno de uma instituição para menores carentes e abandonados que eu dirigira, na época já há uns cinco anos, me trouxe como por encanto, todo o espírito de Natal e eu senti que, o Amor trazido  por Jesus naquele longínquo Natal, não morrera apesar de todas  as controvérsias do mundo moderno e, cheia desse mesmo amor, passei a entender que tudo o que eu fizera para alegrar o Natal daqueles que o partilhavam comigo, não fora em vão, pois sempre fica de um gesto de amor a marca, a semente do bem.
                        E o meu Natal foi bom, foi mágico de novo, foi repleto de amor e esperança, pois renascera a fé.
                        Foi um Natal-Amor!