Boa Tarde amigos! Hoje tenho o prazer e a honra de trazer a vocês, com a autorização dela é logico, uma senhora artista, com a pintura de um quadro seu e o texto que nos encanta e em que nos diz do amor e carinho por sua terra , suas raízes e memórias! Com vocês : :G.GRAÇA CAMPOS
G Graça Campos Cidade-Mãe
Ao colo acolhedor: Herança cravada no torrão onde os pés de meninas e meninos
são cor de terra, aquela dos valores éticos, morais, do amor e respeito às
origens, a maior de todas, a que vai além do ouro dessas minas, a vida tece a
lembrança e acende a memória dos passos que se resguardam por tantas
gerações.
Desenhei as primeiras imagens com cheiro de terra molhada, porque chovem
pedaços de saudades dos tempos que se foram nos brinquedos, como aqueles
improvisados barquinhos de papel nas enxurradas...
O ar tem sabor de doçura, rapadura, pés - de- moleque, fubá suado, biscoito e
queijo. E café torrado na hora.
A música escapa pelas janelas do Clube Ivituruí e dá a volta pelas montanhas
dos ouvidos jovens incrementados nos Anos Dourados.
O teatro é comédia de hoje ao drama do ontem que diverte, ensina, emociona. O
circo da tourada encantou tanta criança, e adultos e sábios. Elas, as crianças,
que mais pareciam andorinhas em revoada pelas ruas, seguindo e imitando
rigorosamente as frases do palhaço...
A cidade é mãe! Mãe de milhares de filhos e filhas, uns mais próximos, outros
distantes assim quais os filhos da vida por si. Mas, que se orgulham de serem
do alto azul da Serra do Espinhaço!
Os poetas eternizam em versos todos os seus céus e noites de luar...
A praça será infinitamente dos amores perfeitos e imperfeitos...
O palco atrai a multidão nas escadarias de um grande cenário onde a fé
certamente move os montes e refaz a postura sagrada das crenças.
À religiosidade, mãos prendadas ofertam as mais belas rendas que se estendem
nas janelas. A arte ajoelha-se no chão adornando tapetes para a procissão.
Serro, Cidade-mãe! Teu olhar longínquo busca incessante, o sustento ao pão dos
filhos de cada dia.
Há muito, no coração do serrano, os ideais ultrapassaram fronteiras, Patrimônio
material e imaterial de teus filhos!
Serro é a minha cidade-mãe onde vivi até meus 19 anos...
Aprendi a alegria, a poesia, a lenda, o ouro, cristais, a história, a
religiosidade, o valor de uma infância feliz, os estudos, as crenças, provérbios,
a usar o salto e pisar descalço, a festejar a vida, cultivar amigos e amar a
minha origem. É dela que se adquirem todas as causas e efeitos dos dias do
passado, presente e futuro!
A quem o conhece, esquecer, jamais! Saudade é cais onde o sino toca, e o
coração mineiro traduz o dialeto na imagem do tempo, sentimento...
O Serro celeiro das Minas Gerais!”
Pintar a cidade-mãe é emoção, honra e privilégio! Perdoem-me a pintura
primitiva que, acredito, são recados da alma artista que fala a voz do coração!
Graça Campos,12/12/2014.
Mariza Cezar Estado de Graça! Tumulto emocional! Gosto de lágrimas contidas nos
olhos , presas e tolhidas, engasgadas, engolidas na emoção que não extravasa!
Reverente saudade de tudo isso! Dessa riqueza de vida e lembranças que tão
poucos têm ou sequer se lembram de ter tido, ou porque não tiveram mesmo e
muitos não terão mais, engolidos pelo cosmolitivismo impessoal e arrasador, ou
por não trazerem em si registro de coisas a que não sabem dar importância no afã de
se desatrelar do passado e origens, em busca de quimeras, sonhos ou fontes da
"juventude eterna"! Obrigada por essa Ode à Vida e às coisas simples
e boas que nos fizeram ser!
G Graça Campos É gratificante saber e receber esse carinho ímpar da amizade que
vai tecendo histórias entrelaçando o ontem e o hoje! Que linda mensagem, Mariza Cezar, minha amiga!
Com a devida autorização aqui estamos com vocês!
Obrigada!
Mariza C.C.Cezar
G
Graça Campos Será
uma honra! Pode sim, obrigada.
Mariza
Cezar Beijos!
Grata.